Ocorrido em 2018, ocorrido em 2018, com eleição de um governador sem a experiência política e pública, foi um ensinamento forte de que, votar cegamente, é um pagamento caro a si e à sociedade. O eleitor pode até ser soberano, mas também peca.
Em relação a Carlos Moisés, foi o triunfo de um homem completamente perdido em suas capacidades de relacionamentos e visão política. Esta história de honestidade e mãos limpas, virou uma bandeira que, pelo visto naquela eleição, somente Carlos Moisés dizia que tinha. Era visto como soberano, inatacável, único e verdadeiro.
O resultado está aí para que todos possam ver. Ele não somente destruiu a imagem de SC, mas tem tudo para perder o mandato logo ali na frente. O eleitor julgou Carlos Moisés com capacidade para comandar o Estado como que fosse fácil, tranquilo, fazer um bebê dormir. Foi soberbo e arrogante o suficiente para se auto intitular predestinado, escolhido para uma missão que seria capaz de exercer. E deu tudo errado.
Ser presidente, governador ou prefeito, é uma tarefa dura, cheia de calos, com dores de cabeça diária, um quebra-cabeças difícil de montar. Guardadas as pro- porções, seja na esfera nacional ou estadual, na municipal as leis são as mesmas e, pior que as duas anteriores, é ainda mais complicado porque é preciso dar atenção à dona de casa que pede auxílio na madrugada, o homem que precisa de emprego, o rapaz que quer estudar, a moça que está grávida, a casa que caiu, o vendaval que destruiu tudo, a colheita perdida, seca, chuvas além do necessário, o motor da Kombi, o IPTU atrasado, o parente desempregado, o comissionado incompetente, os vereadores enchendo o saco, um balaio de problemas.
Quando tudo isso está somado, é preciso braço forte domínio do caos. Todos os dias tem um problemão para ser resolvido. E não pode ser para amanhã, tem que ser ontem, já, neste momento. O cidadão olha-se dono da prefeitura porque observa-se um contribuinte, pagador de impostos e, portanto, Senhor DeTodas As Coisas.
Quando o prefeito não atende, sua mãe aparece na frase. Ele pode dar tudo, quando não tem possibilidade legal de fazer tal coisa, mais uma vez a mãe do prefeito aparece na frase. Isso quer dizer que não tem esta de ser bom ou ruim, mas é preciso ter competência e controle. Por isso, a escolha deve ser firme e forte. Rica e inteligente, valoroso e real. Nada de ilusões, mas tudo dentro da legalidade e respeito ao dinheiro do cidadão.
Ser prefeito é uma honra ao que não é possível, não pode ser feito. A regra é uma só: o que pode, pode sempre. O que não pode, não pode nunca. Votar apenas para dizer que votou, é fazer esta lambança e disenteria administrativa que está acontecendo no Estado. É um caos desnecessário lembrar porque todos tem acompanhado.
Votar é digno quando é direcionado para a pessoa que sabe fazer, como deve ser feito e na rapidez da boa resposta. O cidadão quer agilidade, honestidade, inteligência e capacidade de raciocínio em favor dele. Se não for assim, é uma escolha para o abismo.
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