Troca tudo para 2020
Os tempos de fazer dentro do poder os esquemas que todos condenam, perpetuando-se em mandatos infindáveis, vereadores de vários mandatos consecutivos, colocando parentes, amigos, protegidos em cargos de comissão, sabem que a festa acabou. O vereador que acha que mandar arrumar bueiro, passar máquina no interior, caminhão de pedras, terras, comissionados disso e daquilo, apertando o pescoço do prefeito, ou este aos vereadores para aprovação de seus interesses, terminou. 2020 chega forte. Se aquela liderança entende que pode fazer do seu DNA a continuidade de suas negociatas, vai se preparando. O fim chegou. As redes sociais não vão perdoar ninguém. Campanha barata, eficiente e de retorno instantâneo. A nova sinfonia eleitoral passa pelos dedos nos smartphones.
Caminho
Se João Rodrigues escapar de sua condenação, vencendo no argumento de prescrição, torna-se novamente o líder que anteriormente tinha controle de tudo e todos. Assume, igualmente, força para buscar a presidência do PSD.
Retrato
Caso sua defesa não consiga dar luz às decisões negativas de condenação, sai de cena e cai no limbo político. Sem forças para dirigir seu coletivo, fica completamente perdido e desorientado. Vai apostar na esposa ou filha.
Derretendo
O coletivo de poder nascido em 2004, com a eleição de João Rodrigues a prefeito de Chapecó, vai dissolvendo aos poucos. A era só não fecha o círculo completo se o deputado federal sair da condenação e voltar à ativa.
Ela
Com JR fora das decisões políticas, leva junto o tempo de um projeto de poder que se finda em 2018 com 14 anos de domínio pleno. A subida do PSL às decisões, com uma parlamentar jovem, ativa e decisiva como Caroline De Toni, muda tudo.
Final
Gigante Buligon não segue mais a tutela política de ninguém. Vai seguir a própria luz ampliando sua relação com os setores longe do círculo de poder que marca o período 2004 a 2018. Ele, com seu jeito e entendimento, será dono de si.
Recados
Ao tirar da prefeitura quadros que entende jogar na duplamente neste período eleitoral, isto é, abraçado a Gelson Merisio apenas na formalidade, Gigante tirou todos do seu lado. A maioria ligada a João Rodrigues.
Efeito
João Rodrigues não abraçou a campanha de Gelson Merisio desde o início. Atribuiu sua condenação às movimentações do deputado estadual para estar livre para disputar o governo. Como não mergulhou no pleito, Gigante age.
Ações
Ao demitir todos os quadros ligados a João Rodrigues, o prefeito de Chapecó, Gigante Buligon mantém alinhamento a Gelson Merisio, mas segue luz própria. Vai fazer o seu governo, seu modo, com sua gente, seus fiéis. Sem superiores.
Estilo
Deixando claro que está em rota de colisão com João Rodrigues, Gigante Buligon mede força com o deputado e aposta no escuro, antes mesmo do resultado da Justiça quanto à prescrição. Portanto, sabendo bem o que faz e por quê.
Acabou
Justificando que foi fiel a todos, o prefeito de Chapecó cansou de ser tutelado. Dá destino às próprias vontades, com seu jeito de fazer política. Acredita que os tempos de mudanças chegaram e vai se alinhar neste desejo da sociedade.
Rumo
Sem saber qual partido deverá seguir, mas alinhado aos tempos de Jair Bolsonaro a quem apoiou escancaradamente, ganhou o respeito de Caroline De Toni. A deputada federal eleita tem o perfil administrativo que as urnas disseram.
Terror
Aquele estilo de grupos assumirem o controle do poder, como era antes do pleito, foi ceifado no recado das urnas. Vereadores, vices e prefeitos, já sentem que a troca violenta que marcou 2018, chega mais forte em 2020.
Pesadelo
Prefeitos, vices, vereadores que se viam protegidos, vivendo como donos das urnas, disputando sempre eles os mesmos cargos ou, quando não dá este, vai aquele do mesmo DNA, acabou. A eleição de 2020 já manda a mensagem.
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