Colombo X Merisio: quem é luz ou trevas do PSD
O ex-governador vai viver a prova de fogo para, quando voltar da Espanha, ver a saída em massa do PSD que os seguidores de Gelson Merisio farão a partir da próxima segunda-feira, retificando, depois do Carnaval. O ex-deputado que disputou com Carlos Moisés a pior eleição da história de SC, viu próximos a Raimundo Colombo declarar voto de traição no 2º turno. A falta de liderança do parceiro de Gilberto Kassab é evidente. Não foi protagonista de absolutamente nada na eleição e, pior, ficou quatro voltas sendo retardatário de si mesmo. Agora, assumindo o partido que arranca na escuridão dos acertos, passa de inocente a estuprador do resultado de 2018. Tinha, em algum momento, que tirar a máscara que é comum ser colocada no carnaval. Quando negociou a degola pública do agora ex-presidente do PSD, preconceito declarado contra quem nasceu em Xaxim para chegar a governador nos méritos de articulação que o lageano nunca demonstrou, assume quase nada. Está colocado escancaradamente qual deles, Raimundo ou Merisio, tem força para manter ou esvaziar o partido. Se deputado como Kennedy Nunes já afirmou o pulo, prefeitos e vereadores igualmente. O corte na artéria é profundo. A segunda fatídica, quando disser para que partido vai, o xaxinense deve ou não dizer se é líder de verdade e se seu algoz tem mesmo perfil.
Fora
Gelson Merisio está fora do PSD e, na segunda-feira, depois de Momo, diz para qual partido deverá seguir. Provavelmente o Progressista, o mais perto de um entendimento, seja o caminho mais curto para a retomada de sua força que Carlos Moisés tentou fragilizar em Raimundo Colombo.
Olé
Depois de utilizar o ego municipal de 2020 do deputado Darci de Mattos rumo à prefeitura de Joinville para atingir Gelson Merisio, Raimundo Colombo foi tourear seus golpes na Espanha. Ao lado de Gilberto Kassab, assistem de camarote a guerra interna no PSD que deixaram.
Jugular
Ao utilizar dos interesses de Darci de Mattos para a prefeitura com o maior orçamento de SC, Colombo conseguiu colocar o ovo em pé no efeito de suas atuações de bastidores. Desferiu o corte na ainda inflada veia 2018 de Gelson Merisio para ver a sangria entalada em sua garganta.
Inconfidente
No tropeço da própria falta de liderança, Raimundo Colombo disputou um pleito às cegas. Enganou os prefeitos com o Afundam, ilusão de dar oxigênio financeiro e, pior, entregou o governo aos adversários do projeto do partido sem escutar.
Turvo
Colombo tem uma história política muito mais por ser carregado que, necessariamente, sua luz e força partidária. Chegou ao senado e governo negociando com aqueles que chamou de trem da alegria com as SDRs e traiu o PP que foi seu aliado.
Mais
Se o primeiro governo de Colombo foi a continuidade de LHS, o segundo foi patético. Prometeu o que não cumpriu em nenhuma direção além de sujar os pés nas denúncias de Ricardo Saud que ajudou a afundar diante de Lucas Esmeraldino e Jorginho Mello.
Espelho
Nos moldes da madrasta, aquela dos sete anões, Colombo perguntou onde é que ele errou. Escutou várias vezes o que deveria fazer mas, não se convencendo, entrou na floresta eleitoral e comeu a maça envenenada. Não podia ter outro resultado.
Campeão
Perdendo várias voltas para ele mesmo, vendo-se maior que o espelho demonstrava, Colombo não conseguiu deliberar o que Gilberto Kassab havia lhe orientado no encontro de Lages de 2018 afirmando que seria ele o protagonista eleitoral.
Mentiroso
Quando apelida o ex-governador, Gelson Merisio apenas dá voz ao que as urnas demonstraram a Colombo no ano passado. Quantas vezes o lageano foi aos municípios dizer o que não cumpriria e, escondendo-se no gabinete, dizia-se ausente. Troco.
Guinada
Valdir Cobalchini permanece na presidência do MDB por articulação do senador Dário Berger. Será ele quem vai estar ao lado do deputado estadual desenhando os passos de 2020 na recuperação do tropeço que, todos, levaram no ano passado.
Provocação
O prefeito de Rio Negrinho espera sua reeleição no ano que vem com os mesmos desafios vividos em 2016 quando, ainda poderoso nas determinações que 2018 dissolveu, Mauro Mariani era dono do feudo. Julio Ronconi mantém os modos.
Provão
Julio Ronconi do PSB venceu a eleição do ulyssista Alcides Grohskopf com quase 20% a mais de votos. Mesmo que o MDB se somasse aos tucanos de Denilson da Cruz, que fez perto de 5%, perderiam. Para continuar prefeito de Rio Negrinho, tem novo vestibular.
Honra
Aposentado das urnas, Mauro Mariani tem que mostrar força no seu curral para tirar de Júlio Ronconi da prefeitura. Embora tenha vencido Gelson Merisio no 1º turno com 51% dos votos, e 76% no 2º turno, agora é seu pior vestibular para 2020.
Fora
Clesio Salvaro falou com a deputada Geovania de Sá ontem à tarde fecharando questão conjunta em apoiar Beto Martins para assumir a presidência do PSDB. Ao fazer a deputada federal declinar, o prefeito de Criciúma vai construir junto o ninho e busca a reeleição.
Destruído
Como em São Lourenço do Oeste os tucanos caíram todos do bico da mãe Marcos Vieira, Beto Martins tem missão no Iraque. Com o partido no Oeste completamente desorientado, está medindo força com o Progressista que quer arrebanhar o espólio.
Venha
Tomé Etges batendo força com o prefeito Rafael Caleffi para controle de comando dos saídos do PSDB. O partido, inteiro, abandonou o ninho e, em uma queda de braço para ver quem é mais forte, o ex-prefeito chamou o ulyssista para o ringue.
Combinando
Daniel Hippler, duas vezes vice em São Lourenço, uma do prefeito do PT Geraldino Cardoso e agora do ulyssista Rafael Caleffi, é o porta-voz para levar os ex-tucanos para o colo de Esperidião Amin. Filiado ao Progressista, a festa será 22 de março.
Cadê
Vais ser agora que Tomé Etges, ferido nas duas asas, provar sua liderança em São Lourenço. Unindo-se a Geraldino Cardoso para olhar as urnas de 2020, o ex-tucano quer confrontar Caleffi. O atual prefeito não vai à reeleição de olho em 2022.
Ocupação
Agora que Valdir Cobalchini assume de vez o controle do MDB, Rafael Caleffi se arruma para disputar 2022 como deputado estadual no lugar de seu conterrâneo que foi fragilizado na Comissão de Constituição e Justiça pelos dedos de Luiz Vampiro.
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