Carlos Moisés não precisa do PSL
Levado à chefia do estado pela escolha do catarinense, o governador até teria que dar satisfação ao partido que abrigou sua liderança para esta conquista, mas está livre, leve e solto para decidir o que desejar. Se manter sua filiação, vai forçar a saída de desafetos. Se sair, leva consigo outros que seguem sua orientação. O MDB, especulado para abrir este guarda-chuva, tem argumentos para oferecer o espaço. É nele que está Paulo Eli, o secretário da Fazenda que encheu os cofres do Tesouro. A arrecadação que SC conseguiu este ano, embora todas as dificuldades, está no tripé de gestão assinada por Moisés da Silva, Douglas Borba e o ulyssista. O partido de Celso Maldaner, envolto no escândalo de Michel Temer, Lava Jato e Mensalão, seria o caminho da afronta que elevou-o à principal Cadeira. Divorciado, teria todos os olhares. Quanto mais longe estiver do olavismo, ganha paz.
Voltando
A divisão do PSDB atrai a busca pela presidência de Leonel Pavan. O ex-tudo, tem falado a mais próximos que, pelo que viveu e disposição que possui, poderia receber a missão do partido por aclamação. Em vovôterapia, percebe-se ativo.
Tonto
O PSDB vive um momento de plenos cuidados para se manter no palanque de debates. 2018 não foi apenas uma eleição de violência atitude dada pelas urnas, o partido está perdido no plano nacional. Em SC o efeito foi tão pior quanto.
Desatino
O processo tucano no ano passado foi desastroso e vai continuar. A investida do governador de SP contra Aécio Neves tropeçou. Não se vê uma voz em favor de João Dória que, precoce, quer o poder sem paciência. A observação é de Jorge Bornhausen.
Pulso
Se Dória colocou um pupilo para presidir a sigla no plano nacional, o partido não tem dado um voo mais ousado em qualquer debate no campo político ou da economia. Bruno Araújo é um quadro sem luz no momento em que os tucanos precisam mais dela.
Kamikaze
Esta posição fantasma do PSDB mostra onde o partido se encontra. Na eleição passada ficou com medo de falar de FHC e traiu Geraldo Alckmin deixando-o na sala escura. João Dória apostou neste tropeço olhando sua posição em 2022. Partido cortou os pulsos.
Resultado
Não é apenas a deficiência de saúde de Marco Tebaldi que colocou o partido na insignificância. Cada escolha uma renúncia, o ninho caiu exatamente no braço forte do tsunami eleitoral. Embora outros partidos tenham ido junto, foi quem mais mutilou-se.
Bobagem
O PSDB, como o MDB de junho do ano passado, se sair dividido na convenção da escolha do próximo presidente, fragiliza-se. Fora o PT, que sempre tem disputa interna e depois se une, os demais se enfraquecem no jogo. Os tucanos precisam de um que seque suas feridas como Lázaro.
Enfrentamento
Dirceu Dresch e Décio Lima já navegam juntos e esperam, agora que a disputa interna passou dando vitória ao marido de Ana Paula Lima, ver qual será a decisão do STF na questão da prisão em 2ª instância. O partido não acredita em uma ação favorável a Lula da Silva. Incendeia o país.
Teste
A decisão do STF de derrubar a prisão em 2ª instância, vai medir a temperatura do país. Seja qual for, soltura ou não, deverá dizer a altura política do país e medir forças nestes tempos de 1 ano de mandato de Jair Bolsonaro. O pavio está apagado.
Quietos
Nenhum deputado, estadual ou federal, ou os senadores, dão luz ao debate sobre prisão ou não em 2ª instância. Até antes da metade do semestre, era possível observar o que pensavam. Nesta altura do ano, pelas circunstâncias vistas, aquietaram.
Nada
Nem mesmo as entidades organizadas têm dado qualquer manifestação sobre a decisão do STF. No mês de maio, todos falavam a mesma linguagem, exprimiam opiniões diretas de contrariedade. Agora, calados, escondem intenções.
Sinistro
Muito do que ocorre neste momento no Brasil, espantando discussões, então uníssona, sobre corrupção, reformas e atuação do STF, se deu pelas aventuras verbais do filho do presidente. Se Bolsonaro acerta, eles destroem.
Ele
Presidente da Acaert, Marcello Petrelli é voz isolada na defesa de várias bandeiras de rumo do novo Brasil que se busca. Está nele a construção de vários debates que realizou para manter o foco sintonizado com os interesses do Palácio do Planalto.
Mobilização
Ao longo do ano, o presidente da Ric Record foi maestro do sentimento pleno vivido na sociedade. Como é exclusivo no debate, ganhou a altura que hoje se observa. O filho de Mário Petrelli é voz que, em 2019, marcou SC. O que der no STF, é um vencedor.
Então
Gaeco identificou esquema dentro da Penitenciária de Chapecó. Agentes teriam facilitado entrada e saída de pessoas com volumes de dinheiro para facilitar afrouxamento de presos. Membros integrantes da Segurança de SC sabem, mas mantêm silêncio.
Bomba
Se o caso de facilitação dentro da penitenciária tiver ligação com propina, o Gaeco deverá fazer revelações fortes com gravações legais de ligações feitas entre agentes e familiares de detentos. Estopim aceso, derruba o modelo assinado pelo ministro Sergio Moro.
Fala
Lembrado pelos depoentes como o nome ideal para explicar o que ocorreu com aditivos, recursos infindáveis para ser injetado na ponte Hercílio Luz, Raimundo Colombo vai falar na CPI liderada pelo deputado estadual Bruno Souza. Quer saber tudo. Como olha as municipais de 2020, o parlamentar quer luz para iluminar o traçado. Vai forçar a barra com o ex-governador.
Tempos
Raimundo Colombo volta às aparições públicas depois da rasteira que os catarinenses deram no processo do ano passado. O lageano fala na CPI mostrando serenidade e peso na palavra. Pelos tempos e o que ocorreu com ele na eleição, Afundam, cabeça de Gelson Merisio na bandeja, chega humilde. O PSD ainda está hospitalizado.
Pegada
Ralf Zimmer Júnior entra com ação no TJ para iniciar um enfrentamento com os partidos para pegar a milionária quantia de dinheiro do fundo partidário para ser destinado aos hospitais filantrópicos. O presidente da Associação dos Defensores Públicos de SC vai fazer um barulho. É amarrar a magistratura colocando o tema em xeque.
Dinheiro
Vai argumentar que para a Saúde não há dinheiro suficiente, mas para os partidos, recursos a granel. Puxa um debate que, se ganhar o apoio dos hospitais filantrópicos e a sociedade, até os partidos, quietos, vão ter que abrir mão. A classe anda em direção ao abismo há tempos. Para voltar, defender a tese de Zimmer seria um elixir.Rua São João, 72-D, Centro
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