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Sombras sobre a Casa d'Agronômica; Douglas Borba vai mostrar a que veio; A tempestade inicia; A mão que balança o berço

Por: Marcos Schettini
14/01/2020 11:46 - Atualizado em 14/01/2020 12:08
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A mão que balança o berço

Até o momento o governador foi levado como um anjo que encanta a quem deixa-se carregar. O seu modus operandi, aquele latino termo utilizado por policiais militares, cai bem quando se observam as circunstâncias a que entrou. Se antes era um assobio de “Palco”, de Gilberto Gil, agora as cordas desafinam. Ele sabe que para colocar o violão na sintonia dos alegres momentos em que filmou sua performance no The Voice público, vai ter que mostrar o diapasão. Aí, mais que ser da Casa Civil, é mostrar que sabe fazer política. Fazer da Casa d’Agronômica uma boate para amigos e próximos, não há nada de errado. Qual o problema de fazer daquela fria e distante moradia pública, um lugar normal? Carlos Moisés é um ser humano e pode bailar também no salão principal. Agora, com a peça do impeachment protocolada, vai dançar conforme a música. O cenário não é assim um duelo como aquele de Clint Eastwood em “Por Um Punhado De Dólares”. É bem mais atual. É por real mesmo.


Navegando

A situação de Carlos Moisés na questão do pedido de impeachment vai singrar. A oposição saboreia o texto elaborado por Ralf Zimmer Júnior e, inacreditável, são os deputados do PSL quem estão mais incendiados. Foram eles, ignorados várias vezes pelo governador, que leem a minuta olhando para o passado. Deles, Jessé Lopes é o mais motivado.

Começou

Embora tenha-se o raciocínio de que não há clima para impeachment do governador, está na pessoa do presidente da Casa entender o meio para dar continuidade ou não do processo. Um prédio inteiro pega fogo com um pequeno curto-circuito sobre o tapete. Na verdade, para a agonia à moda Dilma Rousseff, é uma gota de combustão. Leia-se Jessé Lopes.

Combustão

Por que Jessé Lopes é um caminhão carregado de acetona em direção à Casa d’Agronômica? Devido ao seu poder de voz junto aos demais que, como ele, foram ignorados pelo governador. Ele quer tirar o lindo esmalte das unhas da primeira-dama com o conjunto da obra, aquele argumento que motivou a Câmara dos Deputados para derrubar Dilma.

Obra

O conjunto para dar clima à cassação do marido de Késia se dá pelas mesmas condições em que a ex inquilina do Palácio da Alvorada vivia. Só que lá não tinha violão, cerveja e boate com selfies, mas ignorar os deputados. Deles, Sargento Lima, antes da base, chegou a gravar vídeo sobre a indiferença do morador d’Agronômica em escutar suas ideias e pedidos.

Demolição

Se é difícil levantar, mais fácil é derrubar. Se o chamado clima de impeachment não existe, fácil é de sua arquitetura. As testemunhas arroladas à minuta de pedido, conta com nomes singulares da República. Dois, em particular, sem desmerecer aos demais, Sérgio Moro de Lula da Silva e Janaína Paschoal aí, de Dilma Rousseff, que o diga.

Aproximação

Carlos Moisés não se afastou de Jair Bolsonaro porque, na verdade, nunca esteve junto. O então Comandante saiu candidato a governador sem o aval do hoje presidente da República. Chegou à praia motivado pela onda forte e caminhou até o outro lado da Beira-Mar Norte rumo à Casa onde tiram-se selfies de baladas. Se isso irrita os seus, imagina os não.

Então

O que pode acontecer é Eduardo Bolsonaro descruzar os braços e intervir junto aos deputados ainda no PSL, de amenizar os gritos. De malas para o Aliança Pelo Brasil, Kennedy Nunes já vê a peça como um presunto. Se ele, afinadíssimo às ideias de Bolsonaro, quer o despejo do inquilino d’Agronômica, é porque já se está em clima.

Refém

Agora todos vão olhar Carlos Moisés como um aliado. Se até agora apenas os 11 comiam à mesa com ele, a ideia é ampliar isso. Todos os deputados, até o limite mais um, são importantes para evitar seu tropeço. Ao ignorar parte dos parlamentares olhando-os com a indiferença dos 73% do aval eleitoral, entendendo não precisar deles, vai pesar no clima.

Clima

O maçarico aceso vai arrombar o cofre estadual. Será o tamanho da importância do Tesouro que vai falar em português aos deputados. Vai pesar o frio ofício recebido pelo TJ, Alesc, MP, TC, aumento dos salários dos policiais, a previdência da Polícia Civil, a paciência do Sinte, a indiferença com formadores de opiniões. Isso por si basta. Como diz Camões, mais mar teria, mais longe iria.

Eles

Vários prefeitos e vices, quase dentro do PSL sem Jair Bolsonaro, estão agora observando o clima do impeachment para ver o rumo a seguir. Douglas Borba tem sido eficiente na cooptação, mas vai ser agora, com sua habilidade testada, que deverá provar o que sabe. Em clima de paz é fácil ser chefe da Casa Civil. A questão é nos tempos de bisturi no tendão de Aquiles.



Abaixo, conforme solicitado pelo Governo do Estado, segue nota oficial em virtude da coluna publicada nesta segunda-feira (13):

Nota oficial do Governo do Estado.pdf


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