O deputado estadual Neodi Saretta, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, demonstrou preocupação sobre a possibilidade de falta de tratamento de radioterapia para pacientes com câncer no estado. Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) indicou que mais de 4 mil catarinenses não terão acesso ao tratamento de radioterapia pelo SUS em 2023. Além disso, o estudo mostrou que, nos últimos 15 anos, cerca de 60 mil pacientes sobreviveram de receber o tratamento pelo SUS no estado.
Saretta encaminhou um pedido de informação ao Estado para saber a quantidade de equipamentos de radioterapia disponíveis em Santa Catarina, quanto tempo cada paciente com câncer aguarda para iniciar o tratamento e também o tempo de uso de cada um dos equipamentos de radioterapia. Ele também quer saber se o Estado vai adquirir mais equipamentos de radioterapia para atender a demanda em Santa Catarina.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES) 762 pessoas estavam na fila de cirurgia oncológica até 1º de maio. “Para garantir o tratamento a todos os catarinenses, o estado precisa atualizar os equipamentos existentes e adquirir mais máquinas de radioterapia para atender à demanda. Não é aceitável a demora ou falta de tratamento de uma doença tão grave e dolorida para os pacientes e familiares”, pontua Saretta.
O deputado Neodi Saretta é autor do projeto de Lei que institui o Fundo Estadual de Combate ao Câncer, aprovado na Alesc, mas vetado pelo governador de Santa Catarina. Sobre o projeto de lei, Saretta lembra que foi formado um grupo de trabalho para criar uma legislação para garantir recursos para atender as pessoas com câncer em Santa Catarina.
“A partir da conversa com o Governo do Estado, estabelecemos um grupo de trabalho entre a Comissão de Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde e entidades que representam pessoas com câncer, para construirmos uma legislação com garantia de recursos e seja assegurado aos pacientes, não só atendimento mais rápido, mas um atendimento eficiente e eficaz”, disse o parlamentar.
Saretta ressalta que se tivesse uma legislação específica ou então um Fundo com garantia de recursos para o tratamento de câncer, certamente nenhum paciente correria o risco de ficar sem tratamento.
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