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Transexual Katielly Lanzini quer disputar a deputada federal como mulher e projeta criar o Bolsa Gay

Por: LÊ NOTÍCIAS
21/02/2018 20:24 - Atualizado em 16/03/2018 18:06
Katielly Lanzini afirma que só irá buscar uma vaga na Câmara dos Deputados se for candidata como mulher (Foto: Arquivo/LÊ) Katielly Lanzini afirma que só irá buscar uma vaga na Câmara dos Deputados se for candidata como mulher (Foto: Arquivo/LÊ)

Por Axe Schettini

Rosto conhecido no Oeste do Estado, a escultora, jornalista e carnavalesca Katielly Lanzini (PSD) colocou seu nome à disposição do partido para disputar uma cadeira na Câmara Federal nas eleições de outubro. Em visita à Redação do LÊ NOTÍCIAS, em Xaxim, nesta quarta-feira (21), a transexual chapecoense afirmou ter encaminhado um ofício ao deputado estadual e presidente do PSD/SC, Gelson Merisio, comunicando o desejo em disputar o pleito pela cota das mulheres. “Quero representar essa legião LGBT que precisa de representação política. Mas somente irei disputar que a Justiça Eleitoral reconhecer minha identidade social, como identidade de gênero. Caso contrário, não vou concorrer”, afirmou.

A jornalista Katielly Lanzini explica também que será uma vitória caso consiga disputar a eleição como candidata mulher. “Se eu conseguir que a Justiça Eleitoral reconheça minha condição feminina na cota das mulheres será uma vitória não somente minha, mas de todas nós que lutamos por reconhecimento e espaço. Acredito que se tudo der certo, esse pode ser o primeiro caso* deste tipo no país, da mesma maneira que eu fui a primeira candidata transexual a deputada no Brasil em 2002. Então, estas bandeiras somam e eu fico feliz de fazer parte da história, ‘dar a cara a tapa’, e lutar pelos meus ideais de liberdade, que representam milhares de pessoas”, disse.

BANDEIRAS

Um dos projetos que Katielly quer criar, caso eleita, é a Bolsa Gay, pois, segundo ela, transexuais não conseguem emprego no Brasil. “É uma ideia de projeto, que está sendo estudado, para que travestis sem formação não acabem nas ruas, como é a realidade que vivemos hoje, pois transexual não consegue emprego”, explicou ao LÊ NOTÍCIAS.

Ainda, como carnavalesca, é uma entusiasta da cultura, então a transexual quer elencar bandeiras para poder beneficiar pequenos artistas, que possuem talento, mas não tem reconhecimento. “Existem fundos, leis e medidas que auxiliam artistas e promotores da cultura, mas a maioria dos valores vai somente para apadrinhados políticos. Precisamos também acabar com a corrupção que existe dentro da área cultural do Brasil, que está enraizada também em todos os setores públicos do país”, disse.

UNIÃO LGBT

Segundo Katielly, a legião LGBT é muito unida, tem muita força e postura, mas precisa de maior representatividade política para colocar em prática os objetivos e anseios. “Somos organizados e somos em muitos, mas precisamos colocar na cabeça que devemos ter representação polícia, principalmente em esfera federal, para poder termos mais direitos. Gay não vota em gay, por isso temos tão pouca representatividade. Precisamos mudar isso”, frisou.

*Uma assessoria de Brasília entrou em contato com o LÊ NOTÍCIAS e salientou que Paula Benett anunciou no início de março que será pré-candidata a deputada federal do Distrito Federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).


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