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POLÊMICA

Cobrança por sacolas plásticas em supermercados gera indignação em consumidores de Xaxim

Por: LÊ NOTÍCIAS
08/08/2018 09:11 - Atualizado em 21/10/2020 11:01
Foto: Vitória Schettini/LÊ Diferente da ideia inicial, hoje a maioria dos consumidores xaxinenses não utilizam sacolas retornáveis e adquirem as plásticas por R$ 0,10 Diferente da ideia inicial, hoje a maioria dos consumidores xaxinenses não utilizam sacolas retornáveis e adquirem as plásticas por R$ 0,10

Por Vitória Schettini

Há cerca de nove anos, o Rotary Club de Xaxim, a Prefeitura de Xaxim, Celer Faculdades e supermercadistas se juntaram para desenvolver um bem maior pelo meio ambiente e pela sociedade xaxinense. A Campanha das Sacolas Retornáveis foi criada em agosto de 2009, gerando grande polêmica no município. Na época, o Rotary chegou a distribuir 30 mil sacolas retornáveis no município, a fim de conscientizar a população sobre as quase 600 mil unidades que eram utilizadas mensalmente em Xaxim. Há dez anos, o presidente do Rotary de Xaxim da gestão 2008/2009, Altair Faé, coordenou várias estratégias para eliminar as sacolas plásticas do município, observando os trabalhos que haviam sido realizados em Xanxerê.

Mas agora, quase dez anos após a implantação do projeto, há um grande novo incômodo por parte dos consumidores xaxinenses. Isso porque, segundo relatos ao LÊ NOTÍCIAS, quando finalizam as compras nos supermercados da cidade, não há mais disponível as sacolas retornáveis, sendo necessária então a compra das sacolas plásticas. “É um absurdo. Na região, apenas Xaxim adota esta medida. Em algumas compras, já cheguei a gastar um real com compra de sacolas plásticas. Há de se fazer alguma coisa. A comunidade inteira espera uma resposta do Procon e do Ministério Público”, disse um consumidor indignado, que preferiu manter o anonimato. Para a xaxinense Andreia Pavan, as sacolinhas não deveriam ser cobradas. “Isso é muito ruim. As sacolas deveriam ser de graça, para que possamos levar as compras para casa. É uma situação bem complicada”, ressalta Andreia ao LÊ NOTÍCIAS.

Por outro lado, a auxiliar administrativa Jéssica Rebeca Welter expôs sua opinião favorável acerca da cobrança das sacolas plásticas. “Eu acredito que é uma forma muito sustentável, que Xaxim adquiriu. Quando nós temos que pagar algo, mesmo sendo do bolso, por R$ 0,10, nós começamos a ter consciência do quão ruins são as sacolas plásticas à natureza. Aqui em Xaxim, a maioria não separa o lixo, e com isso, a pessoa gasta menos e inicia o uso de caixas de papelão e sacola retornável para o transporte das compras”, pontua a xaxinense.

DISCUSSÃO EM SÃO PAULO

Não muito diferente do caso de Xaxim, a capital paulista, maior cidade do Hemisfério Sul, já sofreu com semelhantes polêmicas. Segundo o Procon de São Paulo, em manifestação realizada em 2015, a cobrança das sacolas plásticas, realizadas pelos supermercados, é abusiva e se enquadra em “vantagem manifestamente excessiva”, proibida pelo artigo 39, parágrafo V, do Código de Defesa do Consumidor. “No cômputo dos valores das mercadorias já está embutido o custo da sacola. Seria excessivo porque é uma cobrança dupla”, defendeu Ivete Maria Ribeiro, então diretora-executiva do Procon de São Paulo, em entrevista ao G1. Ainda, na época, o Procon defendeu duas hipóteses: que o supermercado ceda a sacola gratuitamente ou que o consumidor que leve a sua sacola receba um desconto, abatendo do preço do produto o custo das sacolas.

Após centenas de conversas, desde outubro de 2017, por lei, os supermercados e estabelecimentos comerciais que vendem sacolinhas biodegradáveis com propaganda, na cidade de São Paulo, não podem mais cobrar pela embalagem. A medida foi criada para evitar que o consumidor pague pela sacola e faça propaganda gratuita do estabelecimento. As sacolinhas que tiverem apenas as instruções de uso padronizadas pela Prefeitura de São Paulo poderão ser vendidas. Ainda, segundo o Procon, se a empresa insistir em colocar a marca do comércio, a sacolinha terá que ser distribuída sem custo atribuído.


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