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ESPECIAL DIA DO ADVOGADO

Advogados relatam sobre experiência e dificuldades ao longo da trajetória profissional

Por: LÊ NOTÍCIAS
10/08/2018 15:54 - Atualizado em 02/03/2022 11:43
Arquivo/LÊ Valdir Ieisbick (esq.) é xaxinense, advogado há 39 anos e atua nas áreas cível, trabalhista patronal e empresarial; Renã Camargo é de Chapecó, atua na área trabalhista e é advogado desde 2016 Valdir Ieisbick (esq.) é xaxinense, advogado há 39 anos e atua nas áreas cível, trabalhista patronal e empresarial; Renã Camargo é de Chapecó, atua na área trabalhista e é advogado desde 2016

Por Vitória Schettini

A palavra advogado deriva do latim "advocatus", o qual “ad" significa para junto, e "vocatus", chamado, invocado. O profissional, que é chamado para resolver litígios na Justiça, é considerado um dos personagens do tripé da Justiça, que é composto também pelo promotor de Justiça e juiz, que asseguram a existência de um Estado Democrático de Direito.

Nessa perspectiva, para lembrar o Dia do Advogado, comemorado neste dia 11 de agosto, o LÊ NOTÍCIAS entrevistou dois advogados, um com grande experiência, Valdir Ieisbick, e outro no início da carreira, Renã Camargo, que contam sobre os desafios da profissão e experiências que tiveram ao longo da profissão.

VALDIR IEISBICK

Ter bastante tempo na advocacia leva à experiência, por compreender e entender melhor como buscar a Justiça. Esse é o caso de Valdir Ieisbick, que é xaxinense e exerce a advocacia há 39 anos. Conforme ele, sua experiência ainda jovem como secretário no escritório do advogado José Correia de Amorim, em Chapecó, o influenciou a seguir essa carreira.

“O contato diário com o Direito e por eu ficar bastante tempo naquele escritório, ainda como estudante secundarista, me abriu essa visão e me permitiu que eu encaminhasse nessa profissão. Hoje, 39 anos depois, eu vejo realmente que a minha decisão foi certa, e se tivesse que fazer, faria novamente”, ressalta Ieisbick.

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela atual Universidade de Cruz Alta (Unicruz), em Cruz Alta (RS), Valdir Ieisbick relata que sua turma de Direito se formou em 1979 e à época, já iniciou trabalhando em um escritório. “Naquela época, eu trabalhei sozinho em um escritório em Seara e havia um colega que era advogado, mas ele assinava as petições e as peças jurídicas para mim, a fim de encaminhar ao Judiciário”, relembra Ieisbick.

Ieisbick atua nas áreas cível, trabalhista patronal e empresarial, no Ieisbick e Piaseski Advogados Associados, juntamente com sua filha advogada Sarah Barrionuevo Ieisbick Piaseski e com o genro Anderson Piaseski. “Nós advogamos em várias áreas e um dos nossos grandes clientes é a Seara Alimentos, a qual nós prestamos serviços desde janeiro de 1982. É uma empresa de porte expressivo, onde defendemos na área trabalhista patronal. Atualmente, atendemos empresas de Xaxim, Xanxerê e de outras cidades da região, pela ética e seriedade do nosso trabalho”, reforça Ieisbick.

Quanto aos marcos em sua carreira, Ieisbick afirma que não há específicos, mas alguns realmente que ficaram. “Eu vivi algumas experiências interessantes. Uma vez, quando eu tive que explicar a sentença seria favorável ao cliente, mas acabou sendo contrário. Há um episódio em achávamos que íamos perder e acabamos tendo uma sentença favorável. Outro momento também foi quando cobrei os honorários advocatícios, o meu cliente chegou e disse ‘o senhor se saiu muito bem, se dedicou, o valor era um, contudo, eu estou disposto a lhe dar mais pelo seu esforço e dedicação’. Claro que houve também momentos ruins, como o de você empreender todo um esforço e o cliente não te pagar ou sair insatisfeito do escritório. Apesar disso, no geral, o saldo é extremamente positivo”, conta ao LÊ NOTÍCIAS.

Quanto à concorrência, ele declara que é natural a concorrência acirrada entre os advogados. “Houve uma grande disseminação dos cursos de Direito pelo Oeste de Santa Catarina e por todo o País, o que produz uma competição bastante grande entre os profissionais. Isso é uma questão natural, assim como em outras profissões, isso ocorre também”, finaliza Valdir Ieisbick.

RENÃ CAMARGO

O advogado trabalhista Renã Camargo é de Chapecó e atua na área como advogado desde 2016. Segundo ele, sua história na advocacia começou logo após o término do ensino médio, cujo momento era de pensamento sobre o futuro em encontrar uma profissão. Renã, pela sua grande dedicação e esforço, conseguiu a carteirinha da OAB antes de formar. “Sou formado em Direito pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), no campus de Chapecó e no momento da minha colação já estava com a aprovação no exame da OAB/SC”, relembra Renã.

Nas palavras de Renã, em 2015, ele conseguiu uma vaga de estágio remunerado em um escritório de advocacia em Chapecó, para atuar em diversos ramos do Direito. “Isso foi de grande valia para mim, uma vez que no momento da prova para o exame da OAB, muitos casos (dependendo a área de atuação) me auxiliaram na resolução das questões. Atualmente, eu continuo no mesmo escritório no qual iniciei minha trajetória, o Jozenir de Camargo & Associados, atuando principalmente na região Oeste de Santa Catarina”, conta o advogado.

De acordo com Renã, ele conseguiu o sonhado certificado de aprovação do segundo semestre de 2016. “Eu realmente gosto muito do que faço e acredito que o Direito oferece desde os meios necessários para vivenciar o cotidiano civil, até mesmo sendo requisitos para aprovações em almejados concursos públicos por alguns colegas profissionais. Em nosso escritório, procuramos atender o cliente de forma diferenciada, optamos pelas áreas cíveis, previdenciárias e fortemente na área trabalhista”, ressalta.

Referente às dificuldades do início da profissão, Renã destaca que uma das maiores dificuldades é a constante alteração da legislação, que obriga o advogado manter-se atualizado. “O profissional tem de buscar um constante aperfeiçoamento jurídico, que envolvem desde a realização de cursos, palestras, formações superiores (pós-graduação, mestrado e doutorado), enfim, o advogado tem que estar em plena sintonia com o mercado, para não ficar para trás”, reforça Renã.

Renã pontua que os casos que mais o marcaram foram as questões envolvendo litígios de família. “Ali, encontram-se direitos assegurados pela própria Constituição Federal e, de outro lado, a falta de condições mínimas financeiras para a parte requerida, e nesses casos, há que se ponderar ao Juízo a melhor equidade, para a valoração das condições de cada um dos litigantes”, conta.

Camargo revela que sua rotina no escritório é se dividir com obrigações, prazos, audiências e atendimentos ao público. “Há a velha máxima que o Direito permite que vai desde o atendimento em horário comercial até mesmo aos sábados, domingos e feriados. Ainda, há uma aproximação mais fácil com clientes através das redes sociais e WhatsApp”, finaliza o advogado trabalhista.

DIA DO ADVOGADO

Posteriormente à Independência do Brasil, no dia 07 de setembro de 1822, foi promulgada a primeira Constituição Federal do Brasil (1824). Contudo, o imperador Dom Pedro I percebeu que havia uma ausência de brasileiros com conhecimento jurídico e assim, houve a necessidade de implantar o primeiro curso de Direito no País.

No dia 11 de agosto de 1827, as primeiras faculdades de Direito do Brasil foram inauguradas, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da atual Universidade de São Paulo (USP) e Faculdade de Direito de Olinda, na atual Universidade Federal de Pernambuco (PE).


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