Preocupado com a atuação cada vez mais expressiva de facções criminosas em território catarinense, o candidato ao governo do estado, Mauro Mariani, que representa a coligação “Santa Catarina Quer Mais”, propõe com urgência a criação de cinco unidades especializadas da Polícia Civil no combate a essas organizações e à lavagem de dinheiro. Mariani defende, inclusive, a formação de equipe multidisciplinar que inclua auditores da Fazenda, de modo a interceptar o dinheiro do crime. “Santa Catarina não produz drogas nem armas, portanto, precisamos imprimir uma ação efetiva de controle em nossas fronteiras e investir no desmonte financeiro dessas facções”, declara.
O emedebista argumenta que as polícias Militar e Civil, embora apresentem carência significativa de efetivo, são exemplares no combate à criminalidade. O candidato destaca que as ações de baixo investimento executadas durante a gestão do governador Eduardo Moreira, com o coronel Araújo Gomes à frente da Polícia Militar e o delegado Marcos Ghizoni à frente da Polícia Civil, e sob a coordenação do secretário Alceu de Oliveira Pinto, promoveram em poucos meses resultados importantes na redução dos índices criminais. Em relação ao mesmo período em 2017, neste primeiro semestre houve diminuição de 15% nos homicídios, 30% em roubos e 15% no índice geral de furtos, uma quebra no aumento crescente registrado especialmente entre 2015 e 2017.
“Apesar desse estancamento dos índices, precisamos combater agora a principal causa do aumento dos crimes, que está identificado na guerra entre duas facções criminosas, uma catarinense e outra vinda de São Paulo”. Por isso, considera fundamental ampliar o poder de ataque do Estado, principalmente ao fluxo financeiro das facções, que financiam a violência e o tráfico de drogas. O candidato compara a situação ao período registrado nos Estados Unidos no final da década de 1920, quando a chamada Lei Seca provocou o surgimento do mercado ilegal de bebidas e das primeiras organizações criminosas. Mariani relata que depois de sucessivos fracassos na tentativa de prender Al Capone, uns dos maiores chefes do crime de Chicago, as autoridades americanas tiveram sucesso ao colocarem o foco das investigações nos milhões de dólares que o crime movimentava, desmantelando o império financeiro e condenando o famoso criminoso por sonegação de impostos.
Mauro Mariani é a favor da valorização e fortalecimento das polícias catarinenses, reconhecendo que elas demonstram competência e eficiência no combate à criminalidade. Porém, lamenta que ambas não disponham de efetivo suficiente, admitindo que faltem pelo menos dois mil policiais militares e mil policiais civis na ativa. Contabiliza, ainda, o volume de efetivos que vão para reserva todos os anos, destacando que na Polícia Militar esse número chega a seiscentos. Por isso, assume o compromisso de repor anualmente o efetivo transferido para a reserva e de perseguir esse déficit em paralelo. Somado a isso, Mauro Mariani é totalmente favorável à integração dos agentes de Segurança Pública, principalmente atuando em operações conjuntas. Para isso, defende investimentos em tecnologia, capacitação, equipamentos e inteligência.
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