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Ceom estuda a Arqueologia e os primeiros grupos a habitarem a região Oeste

Por: LÊ NOTÍCIAS
31/10/2018 17:09
Unochapecó As pesquisas são realizadas com recursos adquiridos por meio de apoio à área As pesquisas são realizadas com recursos adquiridos por meio de apoio à área

O município de Itá e região não são conhecidos somente pelo turismo ou pela Usina Hidrelétrica, mas também pela importância dos seus sítios arqueológicos. Nos últimos 50 anos, diferentes pesquisadores têm estudado a área. Porém, há dez anos que a coordenadora e arqueóloga do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (Ceom), professora Mirian Carbonera, tem se dedicado a isso, para entender melhor os primeiros povoadores dessa área e sua antiguidade.

Nos últimos dois anos, novos projetos foram aprovados com o intuito de reforçar os estudos na área. O primeiro, 'Vestígios de um passado presente: pesquisa e valorização do patrimônio arqueológico do oeste e extremo oeste catarinense', foi aprovado no 'Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, edição 2017', na categoria: Patrimônio Cultural. Neste ano, foi aprovado o segundo projeto, 'Pesquisa e difusão das ocupações pré-históricas do alto rio Uruguai', junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta.

De acordo com a professora, os recursos obtidos por meio desses projetos são fundamentais para a realização das pesquisas arqueológicas. "Os estudos são caros, pois envolvem visitas a locais distantes, diferentes profissionais e análises laboratoriais, muitas delas feitas no exterior”.

Para entender melhor as ocupações antigas de Itá, diferentes frentes de trabalho atuam. Uma delas procura entender as terras pretas encontradas nos níveis formados nos últimos mil anos e é coordenada pela arqueóloga do Ceom, Vanessa Barrios Quintana. A outra frente, além da professora Mirian, envolve o também arqueólogo Daniel Loponte e objetiva analisar a ocupação antiga do sítio Otto Aigner 1.

“O nível mais antigo desse sítio já tem oito mil anos e agora serão processadas outras duas datações por meio de Carbono 14, além do estudo dos utensílios de pedra associados”, explica Miriam. Os resultados serão apresentados em novembro no 9º Simpósio Internacional sobre o Homem Antigo da América, que acontece na cidade de Nicochea, na Argentina.


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