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730 dias sem nossos heróis

Por: LÊ NOTÍCIAS
29/11/2018 16:02 - Atualizado em 29/11/2018 16:11
Divulgação/LÊ Que o Espírito de Condá sempre esteja ao lado da Chapecoense e de seus eternos heróis Que o Espírito de Condá sempre esteja ao lado da Chapecoense e de seus eternos heróis

Por Vitória Schettini

Há dois anos, em 29 de novembro de 2016, a cidade de Chapecó parou com a notícia de que o avião do querido time do município, a Chapecoense, caiu em uma mata, próximo à cidade colombiana de Medellín. O acidente aéreo levava 77 pessoas e vitimou 71, entre eles 19 jogadores da Chape, 23 pessoas da comissão técnica e convidados, 20 jornalistas e 7 tripulantes. O avião havia partido de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín.

Apenas quatro passageiros e dois tripulantes sobreviveram à tragédia: os jogadores Jackson Follmann, Alan Ruschel e Neto; o jornalista Rafael Henzel, a comissária de bordo Ximena Suarez e o mecânico Erwin Tumiri. À época, o goleiro Jackson Follmann perdeu parte da perna direita e hoje, trabalha na parte interna da Chapecoense na função de relações públicas e como embaixador internacional. No início de 2018, Follmann representou a Chape no Prêmio Laureus, conhecido como o Oscar do esporte.

O atleta recebeu o prêmio na categoria “Momento esportivo do ano” pela participação dos três atletas sobreviventes no amistoso contra o Barcelona, em agosto de 2017. Dos três jogadores sobreviventes, o lateral Alan Ruchel é o único que regressou aos gramados. Alan é presença recorrente nas escalações da Chapecoense e além de atuar no futebol, o lateral será pai de primeira viagem, uma vez que sua esposa Marina está grávida do primeiro filho.

Posteriormente a dois anos do acidente, o zagueiro Neto continua em processo de recuperação. Ele foi último a ser resgatado do avião e desde o acidente, o atleta fez quatro procedimentos cirúrgicos nos joelhos, uma cirurgia no nariz e outra no crânio. Atualmente, ele realiza sessões de fisioterapia em período integral para retornar à profissão.

O jornalista da rádio Oeste Capital FM, Rafael Henzel, voltou ao trabalho em janeiro de 2017, apenas 52 dias após o acidente aéreo. Desde então, segue com sua profissão e chegou a escrever um livro chamado “Viva Como Se Estivesse de Partida”, lançado em maio de 2017.

O mecânico Erwin Tumiri segue longe dos holofotes. Tumiri é piloto particular na Bolívia e atualmente, está estudando para ser piloto comercial. Já a comissária de bordo Ximena Suarez, relatou em uma entrevista que voltou a trabalhar em um aeroporto, quer voltar a voar, sendo que teve grandes problemas com traumas após o acidentes, tanto que, desde o episódio, a sobrevivente nunca mais entrou em uma aeronave.

Agora, dois anos após a tragédia, a Chapecoense tem um grande desafio neste domingo (02/12), a partir das 19h, contra o São Paulo, na Arena Condá, em Chapecó, quando precisa vencer para manter-se na Série A, sem depender de combinação de resultado dos demais times.


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