Na região do rio Omo, próximo ao país africano da Etiópia, membros dos povos Surma e Mursi utilizam plantas e pigmentações naturais em seus corpos. Eles fazem isso de modo com que suas pinturas tenham se transformado em uma marca de reconhecimento, com impactos na cultura, vestimenta e beleza local. Essa forma de naturalismo foi capturada pela primeira vez em 1938, pelas lentes do fotógrafo Hans Silvester e agora serve de inspiração para a exposição 'Antologia do Corpo: (In) Existência'. A vernissage acontece hoje (13/08), a partir das 19h, na Galeria Agostinho Duarte da Unochapecó.
A exposição foi produzida por acadêmicos de Artes Visuais da Universidade, durante o 4º período do curso, a partir de discussões relacionadas a arte contemporânea. Utilizando o trabalho de Hans como referência, os dez integrantes do coletivo utilizaram plantas da Uno e criaram pigmentos com materiais naturais, para representar a realidade local de Chapecó. "Pensamos na exposição como um coletivo, pois todos ajudamos na organização, na produção das fotos, nas tintas que são todas naturais, na escolha das flores e no cenário", explica o artista, Lucas Oliveira Araújo.
As fotografias impressas em lona exploram questões ligadas a antropologia do corpo. Essa ideia central, segundo Lucas, também dá nome à exposição e orientou a organização do espaço. "O nome fica entre a discussão do corpo com a natureza. A organização busca a visualização de todas as peças. Você primeiro entra em contato com o texto base da exposição e depois emerge no mundo da proposta".
A exposição possui orientação indicativa e segue aberta para visitação até dia 30 de agosto.
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