Embolado
Conforme o pleito eleitoral de 2020 se aproxima, aumenta a vontade dos partidos de saber como estão seus jogadores e qual posição poderão ocupar no tabuleiro do xadrez eleitoral no ano que vem. Trabalhando com as pesquisas, sempre elas, as siglas partidárias buscam medir a temperatura das urnas, para que não tenham nenhuma surpresa lá na frente. As apostas precisam ser feitas, mas não de qualquer jeito. Quem estuda o cenário, tem mais chances de acertar, a medida em que mexer as peças do tabuleiro. Em muitas cidades, o jogo está embolado, truncado.
Joinville
Já em Joinville, maior cidade de Santa Catarina, ao contrário de 2016, o pleito de 2020 deverá ter recorde de candidaturas. Hoje se fala em no mínimo 10, mas esse número pode aumentar, já que todo partido que quer crescer em Santa Catarina, sabe que disputar no maior colégio eleitoral do Estado, é importante. Dos 10 que se apresentam, destaque para três. Darci de Matos, Rodrigo Coelho e Fernando Krelling lideram. Deputados, não tem nada a perder. Com força de grupo e capilaridade política, mostram o porquê que lideram.
Darci
Deputado federal pela primeira vez, derrotado por Udo Döhler em 2016, Darci de Matos vê o caminho mais livre para disputar a Prefeitura de Joinville, uma vez que o concorrente interno, o deputado estadual Kennedy Nunes, também do PSD, está de malas prontas rumo ao Democratas. Sabendo que, se perder, volta pra Brasília, o deputado federal está empolgado. Esconde o jogo, não diz se vai, mas todos sabem que ele estará nas urnas no ano que vem.
Rodrigo Coelho
Ex-vice-prefeito, parceiro de Udo Döhler na primeira gestão do emedebista em 2012, Rodrigo Coelho sente-se bem em Brasília. Está adaptado. A pauta da Reforma da Previdência caiu muito bem pra ele. É mestre no assunto, se destacou. Não tem tanta vontade de disputar a Prefeitura de Joinville agora, mas sabe que, política é ocupação de espaço. É necessário manter o espaço que tem e sempre buscar ampliá-lo. 2020 é uma excelente oportunidade.
Fernando Krelling
Recém-eleito presidente do MDB joinvilense, Fernando Krelling, com ascensão meteórica, sabe que vencer as eleições em sua cidade, em 2020, é se preparar para um salto maior logo depois. Sem pressa, parece gostar do parlamento e, entre os três que lideram a corrida eleitoral na Capital da Dança, é o que menos tem vontade de ir para a disputa. Não perde se disputar. Firme no mandato, se o projeto não der certo, volta pra Alesc. Tem junto com Rodrigo Coelho, a juventude que Darci não possui. Abençoado por Udo Döhler, se disser não, arruma uma dor de cabeça para o atual prefeito joinvilense.
Chapecó
Na capital do Oeste catarinense, a polarização é muito provável. Se chegarem a um entendimento, Buligon, Caroline De Toni e João Rodrigues poderão enfrentar um nome que a esquerda indicar. Luciane Carminatti, Valduga e o deputado federal Pedro Uczai, se apresentam. Há quem aposte em outros nomes. Há quem acredite numa divisão do atual grupo que comanda o município e de que Buligon e Caroline De Toni não vão se entender. Acontecendo isso, o jogo fica aberto.
Blumenau
Em Blumenau, Capital da Cerveja, a presença do senador Alvaro Dias, do Podemos, juntamente com o prefeito blumenauense Mário Hildebrandt, que inclusive tem convite para se filiar no partido, e por enquanto não está filiado a nenhuma sigla, significou muito para quem acredita na entrada do chefe do Executivo de Blumenau no Podemos catarinense. Candidato da direita, o atual prefeito de Blumenau, poderá ter como adversário, o deputado estadual Ricardo Alba, que é do mesmo campo, mas de partido diferente, representa o PSL. Parlamentar eleito, menos votado na cidade em 2018, e agora também sem partido, Ivan Naatz avalia, através da entrada no MDB, encarar a disputa. Com uma eleição onde tudo pode acontecer, já que o jogo está aberto, não custa arriscar. João Paulo Kleinübing, questionado por muitos, diz pra poucos que não vai.
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