A Geração Z, formada por jovens nascidos entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2010, está enfrentando uma realidade preocupante no mercado de trabalho. Segundo uma pesquisa recente da Intelligent.com, cerca de 6 em cada 10 empresas demitiram profissionais dessa geração poucos meses após sua contratação. Mas o que está por trás dessa tendência?
Essa geração, que chega ao mercado de trabalho com expectativas diferentes das anteriores, está sendo rotulada por muitas empresas como a mais difícil de liderar. Uma pesquisa da Resume Genius revela que questões como falta de ética de trabalho, dificuldade em lidar com feedbacks e uma comunicação inadequada são algumas das razões apontadas por líderes corporativos para o alto índice de demissões. Além disso, 65% dos recrutadores acreditam que os jovens da Geração Z são privilegiados, e 63% afirmam que eles se ofendem com facilidade.
Por outro lado, demitir ou evitar esses profissionais não é uma solução viável a longo prazo. A Geração Z deverá representar 25% da força de trabalho mundial até 2025, conforme aponta um relatório da McKinsey. Portanto, há uma necessidade urgente de adaptação de ambos os lados. Enquanto as empresas mantêm estruturas hierárquicas e modelos tradicionais, os jovens profissionais chegam com uma visão mais voltada para propósito e flexibilidade.
O choque cultural é evidente. Muitos jovens esperam mais flexibilidade, propósito e bem-estar, enquanto as empresas ainda operam em um ambiente tradicional, focado em metas e produtividade. A liderança corporativa precisará se adaptar para atrair e reter talentos dessa nova geração.
No entanto, a Geração Z não é apenas motivo de preocupação. Com sua familiaridade com a tecnologia e a capacidade de inovação, eles podem se tornar valiosos para as empresas que souberem aproveitar essas características. É preciso construir um diálogo aberto, onde as expectativas de ambas as partes sejam ajustadas.
Em resumo, o desafio não é apenas da Geração Z, mas também das organizações que buscam integrá-los no ambiente corporativo sem abrir mão de suas tradições. O futuro do trabalho depende da capacidade de encontrar equilíbrio entre as expectativas dessa nova geração e as necessidades empresariais.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro