Xaxim vive, novamente, a polêmica série de confusões que envolveram a última eleição municipal. O que se sabe, em tese, é que a coligação liderada pelo atual prefeito foi, novamente, mergulhada em escândalo de compra de votos que levou o MPF a se manifestar pela cassação dos diplomas do prefeito e vice, ou seja, para que sejam imediatamente colocados para fora da prefeitura quando o Judiciário analisas as denúncias feitas pela coligação liderada por Adriano Bortolanza.
Com fartura de provas onde, inclusive há imagens nítidas do então candidato a prefeito e seu vice, Chico Folle e Ideraldo Sorgato, comprando uma família para que ela retirasse o adesivo do adversário, além de promessa de emprego na prefeitura se eles mudassem o voto.
A conversa entre a família e os dois membros da chapa do MDB foi gravada pela mulher, mãe de família, que colocou um aparelho para filmar toda a negociação. Se o fato não diz por si, então é preciso que haja mais que tudo o que apareceu nas imagens e no áudio para afirmar o desrespeito às regras eleitorais e o previsto em lei.
Se tudo o que está expresso ali não é compra de votos, então não precisam outras evidências porque serão em vão. Cabe, de posse deste material, que o TRE/SC acate as denúncias e dê seguimento à derrubada destes candidatos, não interessam eles quais sejam.
Eleição é escolha do cidadão sobre seus representantes e, por isso, não ao contrário, estes sobre o eleitor. Com dinheiro sujo, negociado às escondidas, protegido pela força da autoridade financeira sobre fragilizados, então é simples vencer um pleito.
O Judiciário precisa dar testemunho vivo às imagens e áudios sob seu poder e decidir por dissolver aquela eleição e marcar a data de outra com o equilíbrio de seriedade e vontade popular. Vencer pela escolha de programas e não de notas de reais nas costas do TRE e rindo desta conquista como que fosse regra e caminhos antirrepublicanos.
Ou o sistema eleitoral está acima do financeiro, ou este afoga, por sua força, a decisão de lisura e honra de um país que já está nu por suas indiferenças, com o que há de pior, diga-se, desta sobrevivência na irresponsabilidade sobre o combate à pandemia.
Chega de desmandos e aproveitadores da fragilidade financeira do cidadão, ora abandonado, às moscas, diante dos gritos de socorro não ouvidos. Basta de rolos, negociatas, mercenários, cachorradas com o desejo de um Brasil valente, atencioso com sua gente.
Como bem disse o ministro Edson Fachin na última segunda-feira, “é preciso dar um basta nos ataques feitos contra a democracia porque, depois, não há mais o que fazer".
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