Um bom, outro também
Orvino Coelho de Ávila é aquilo que demonstra. Cidadão tranquilo, de verdades demonstradas, foi candidato a prefeito em São José porque, se não fosse agora, não seria nunca. Passou pela Câmara Municipal e deixou sua marca de vários mandatos, além de presidir a Mesa daquela Casa várias vezes. Em todas, cumpriu, completa e ordinariamente, os acordos. Na eleição de Michel Schlemper para presidir a Mesa no Legislativo, se jogou neste compromisso. Contrariando a ex-prefeita Adeliana Dal Pont, com outro nome, arregaçou as mangas e venceu. A lealdade do atual vice-prefeito ao titular é demonstrada em vários gestos. Por isso, a relação Orvino e Michel mostra-se inabalável. O espaço de ambos é notadamente respeitado e a sintonia percebida. Isso vai permitir que o processo eleitoral do ano que vem, cada qual com seus candidatos, seja tranquilo. Se for mantida no repeteco de 2024, em 2028 o ulyssista senta na sucessão. Plano perfeito, o melhor jogo do ganha-ganha.
DIFICULDADE
Marlene Fengler até tem ensaiado sua ida a federal, mas começa a observar dificuldades para a troca em busca de Brasília. Atuante no meio feminino, a deputada estadual está encontrando desafios internos. O PSD, no máximo, ele 3 congressistas.
SUPLÍCIO
Como o partido está afinado com Carlos Moisés, mostra-se rachado no jogo sucessório. Até agora sem candidato a governador, uma parte mora na Casa d’Agronômica, outra na Coxilha Rica. Sem um nome puxando a majoritária, a busca para federal é uma guerra interna.
BOXE
Raimundo Colombo está buscando um espaço na mídia ao bater de frente com Carlos Moisés. Como foi sucessor direto do candidato derrotado ao Senado, Eduardo Pinho Moreira será a voz na defesa do marido da Késia. Até porque pegou SC aos frangalhos.
BIC
Como Eduardo Pinho Moreira se prepara para assumir o BRDE, vai ser leal ao seu indicador no banco. Por isso, vai afiar a língua e ser voz pró Carlos Moisés. O marido de Nicole Torret não esqueceu a humilhação que Raimundo Colombo fez-lhe em Nova York tirando-lhe a caneta.
ESQUEÇA
Com Eron Giordani de plantão, Carlos Moisés está protegido dos ataques que o lageano desfere contra o governo. O morador da Coxilha Rica sabe que a eleição do ano que vem é crucial para seu retorno ao debate. Se falhar, volta a recolher pinhão em 2023.
PESQUISAS
O governador do RS não aparece nas pesquisas nacionais nem mesmo ao lado de Simone Tebet, a gloriosa senadora do MDB que faz história na CPI da Covid-19. Eduardo Leite é o candidato preferencial de Jair Bolsonaro. O amante da cloroquina sabe que, se for Doria, treme.
ODOR
Diante de ver o paraquedas de Jair Bolsonaro furado, os eleitores abduzidos do presidente podem, sem ter opção, engolir Sergio Moro, antes herói, depois bandido-traidor do Planalto. Com a real ameaça Lula da Silva, pode ser até mesmo o gambá do Paraná.
ELE
Jorginho Mello sabe que tudo tem limites. Sua candidatura ao governo de SC pode ser totalmente prejudicada se mantiver sua liderança colada com Jair Bolsonaro. Aqueles eleitores de Harley-Davidson não são os mesmos marmiteiros das fábricas.
DIFERENÇA
Defensor ferrenho de Jair Bolsonaro, o senador está certíssimo em tirar dividendos desta relação. Mas Jorginho oferece muito e recebe pouco. E, na verdade, o eleitor de motos de 200 mil é miúdo diante daquele que bate cartão dentro das fábricas.
NADA
Esta história de que SC é prejudicada pela relação fria de Carlos Moisés com Bolsonaro, é bobagem. O inquilino do Palácio do Planalto fez zero no RJ, sua terra, ou em qualquer lugar do país. Nem PR, RS, SP, ES, BA ou MG. Passeou de moto e só. Até João Rodrigues aguarda algo pelo esforço.
BLÁ
Os incrédulos das pesquisas dando números azedos para Bolsonaro, vão ficar se enganando, brincando de casinha, nesta relação promíscua. Se ele cuspir no rosto da padroeira do Brasil, seus seguidores vão dizer que a mãe do Salvador nunca foi uma mulher séria. Não tem cura.
BACANA
Aquele discurso fuleiro que Bolsonaro apresentou ao mundo na ONU, foi excelente. Quem não conhecia suas idiotices, agora sabe. O cérebro do chefe da Nação é atrofiado. Ninguém, com uma cabeça normal, e nem precisa ser inteligente, falaria igual.
FUGA
Quem votou neste sujeito em 2018, agora se cala. Em um prédio, na eleição do síndico, dos 40 moradores, Bolsonaro faz apenas 6 votos, fechado até no Saara. Os demais, sob nenhuma hipótese. Na última eleição presidencial, do total, fez 38. São, todos eles, da classe média.
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