Sem lenço, sem documento
Qualquer firme matemático, que define teorias como Bhaskara, Torricelli e da Relatividade, sabe que em política, se dois mais dois são cinco, também pode ser seis. Até porque, não é exata. Ela rege o escondido, absurdos e os impossíveis. Vale tudo, inclusive. Aquele vence o acolá porque tem olhos azuis e o outro é comum. O eleitor é patético. Se assim não fosse, já teria modificado o mundo e todos, sem exclusão, estariam com moradias, escolas cientificadas, hospitais em cada rua, comida às farturas, todos sorrindo em um ambiente que, em situações como estas, seria o Céu. Na verdade, todos moram no inferno. Não há nada, e, o pouco que tem, tiram. O ser humano é um imbecil full, total, pleno. É nele onde moram seus horrores diários e, mesmo assim, sonham. Acordam nas manhãs do domingo eleitoral sem saber nada. Apenas votam e só. Mal sabem a cor do cavalo branco de Napoleão e, perdidos sobre o destino, chicoteiam-se como aqueles idiotas filipinos que, na Semana Santa, mutilam-se para diminuir os pecados. A diferença destes para o eleitor é que o segundo fecha o futuro, desmonta a felicidade e arruína sonhos. Chiquinha e Bastião levantam cedo, pegam o santinho e atiram nas próprias têmporas votando em seus algozes. Eleição é a mágica que transforma o ruim no pior. As escolhas feitas, incrivelmente, são sempre pelo Diabo. Às vezes acertam em derrubar um bandido como Jair Bolsonaro, mas pelo número que obteve, é possível ver que são, mesmo, analfabetos.
ENTÃO
Notícias estranhas têm apavorado o debate político nestes dez dias, em tese, que antecipam o grito das urnas. Little Jorge estaria acionando o botão da Gestapo contra adversários, neste caso, lideranças do PSD.
GESTAPO
A polícia politizada de Little Jorge estaria orientada a gerar pavor nos adversários do inquilino da Casa d’Agronômica para constranger quadros do PSD que, nesta lógica, iniciou com a prisão de Clésio Salvaro.
POLITIZAÇÃO
A discussão política foi interrompida em várias regiões quando soube-se que está sendo armado uma investida de agentes treinados para constranger os adversários e modificar os resultados em cidades chaves.
POIS
O gabinete da Gestapo estaria monitorando quadros do PSD que estão colocando em xeque os interesses de Little Jorge em locais como Criciúma, São José e Balneário Camboriú, cidades onde o PSD lidera sobre o PL.
LEITURA
Depois daquele encontro da PC que Ulisses Gabriel, chefe supremo da instituição, realizou em Criciúma, a teoria da Gestapo do PL ganhou força. O delegado-geral, quadro inteligente, é politicamente articulado.
TEORIA
Diante da lei que impede a prisão de lideranças que estão disputando a eleição, exceção em flagrante delito, não quer dizer que o constrangimento não possa ocorrer. Nasce aí a ideia da Gestapo do PL.
SÉRIO
O barulho de que várias ações estão sendo edificadas tem o objetivo de modificar o mapa eleitoral em favor do PL, principalmente após o desastre de Ricardo Guidi, em Criciúma, que se via invencível e hoje está em 2º.
REAL
Little Jorge sabe que precisa vencer em Criciúma para mostrar força política nos adversários que estão colocando um muro em sua frente de reeleição. É na cidade do carvão mineral que mora o processo político de 2026.
DEFINIÇÃO
Quem vencer o pleito em Criciúma, será governador em 2026. A leitura é bem mais simples que a teoria da relatividade. É na Terra do Tigre que estão colocadas todas as pedras do jogo eleitoral entre PL e PSD.
MAXIMIZAÇÃO
Foi na hulha amarela e preta que Little Jorge arrancou Ricardo Guidi do coração de Julio Garcia e Clésio Salvaro. Imaginou que, com o menino volátil, deixaria o PSD nu e frágil para vencer o pleito. Aí apareceu Vagner Espíndola.
ELE
Apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco e parentes importantes, vindo do interior, Vaguinho emergiu e foi edificado dentro da lógica moral e perfil de homem que exala. O suficiente para inverter as pesquisas.
TOMBO
A ida de Jair Bolsonaro a Criciúma, foi a última tentativa do PL para reverter o favoritismo de Vagner Espíndola, que tem 15% acima de Ricardo Guidi e tira o sono de Little Jorge. É aí que aparece a Gestapo.
RACIOCÍNIO
Preso ou solto, Clésio Salvaro é o Fantasma da Ópera nos corredores da Casa d’Agronômica. É ele quem apavora, uivando sobre aquela cama em que já dormiu LHS, Jorge Bornhausen e Esperidião Amin.
SURRA
As vitórias de Juliana Pavan sobre o patético Peeter Lee Grando, em Balneário Camboriú, Orvino Coelho quebrando Adeliana Dal Pont, em São José, e Vaguinho sepultando Ricardo Guidi, é um sinal sinistro nos sonhos de reeleição de Little Jorge.
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