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Clésio volta ao ringue; Jogo eleitoral ferve no Sul; Fabris pratica nepotismo; Quase um inferno de Dante

Por: Marcos Schettini
27/09/2024 11:17
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Divulgação

Arrastando para o inferno

A eleição em Criciúma é o 6º estágio do que se chama Cemitério de Fogo, de Dante Alighieri. Ali ocorreu de tudo, inclusive. Se a Divina Comédia é um clássico universal da literatura indispensável às mentes brilhantes, viver os dias eleitorais na cidade do carvão, diz muito. O que ocorreu naquela gloriosa porção de terra, somente termina após o último voto das urnas eletrônicas, auditáveis, diga-se. Mas nada se compara com as emoções vividas por sua gente. Tudo começa quando, do nada, um rapaz bonito, de família tradicional, rico e de nome conhecido, cospe na cruz dos seus amigos. Ele vira as costas, age por conta própria, nega a origem política de tudo que recebeu e, no estalar dos dedos, assume uma Secretaria no governo, sai do partido e vira contra seus criadores. Aí Arleu da Silveira, um vereador, entra no jogo e, cansado, pede para ir para o banco. Em seu lugar, Vagner Espíndola. Um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior, sai de 3% para 41%. Seu padrinho vai preso, solto, e tudo inicia novamente. Diferença é que, sniper eleitoral, é quem está batendo de frente com Little Jorge, o pai do adotado. De agora até 06 de outubro, os estágios vão subir para um e diminuir para outro. Nem o autor italiano saberia escrever tal comédia brasileira.


SOCORRO

A prisão que Clésio Salvaro viveu, dias de solidão e estudos de tudo o que ocorreu, energizou-o. Se das masmorras influenciou o processo político, de corpo presente será fulminante.


CAOS

Ricardo Fabris assumiu a prefeitura e ignorou seu parceiro de governo, recluso. E, ousado, colocou o sobrinho em cargo comissionado e contratou Felipe Zappelini para a direção da Afasc.


BACANA

Contratar o ex-assessor para assuntos aleatórios, é um movimento que Ricardo Fabris faz para seu prazer pessoal. O sobrinho para atender a família, o amigo para mostrar que pode.


REVERSÃO

A competência de César Abreu e Jorge Mussi, dois arautos do mundo jurídico, desenhou argumentos em favor da soltura e convenceu quem prendeu para converter aquela meleca toda.


LAVA

O efeito Clésio Salvaro preso, é um. Solto, outro. Neste raciocínio, é possível ver a erupção que vai produzir sobre Ricardo Guidi. O rapaz, esta noite, sofrendo calafrios e sudorese, gemia de dores musculares e estomacais.


ENTÃO

Com seus iguais, Clésio Salvaro marcha com Vagner Espíndola pelas ruas da cidade e moldar o discurso que, agora, é 06 de outubro em alma lavada. Hoje, sábado e domingo, a 8 dias do incêndio, todo vapor.


CREDO

O eleitor de Criciúma sabe o que decidir e vai dizer o que quer e a direção. Após o conhecimento de seus desejos, todo o mapa político, estadual, diga-se, vai apontar os rumos.


GOZO

Ainda com a pata ferida, em cicatrização, Clésio Salvaro sabe o ponto G para viver o prazer no domingo eleitoral. E vai estimular as partes sensíveis exatamente para explodir no espírito.


DESASTRE

Ricardo Guidi e seu vice Acélio Casagrande foram traidores de um processo em edificação. Não precisavam vomitar no prato onde comeram e isso, vivo, está na memória do eleitor.


REAL

A traição conjugal, natural do Homem, jamais deve ser condenada. Na cama, não existe pecado humano. No mundo político, é inferno. Não existe traidor inocente que cospe no rosto de seus iguais.


TRAIÇÃO

Gean Loureiro, medalha olímpica na modalidade, é o exemplo perfeito de tudo o que não se deve fazer. Perdoado no carnal, condenado para sempre no político. Quem trai um amigo, cospe na cruz.


FUGA

Adeliana Dal Pont não foi ao debate promovido pelas associações dos bairros e preferiu ir comer pizza em Criciúma, naquela patética passagem de Jair Bolsonaro pela Terra do carvão mineral.


PIZZA

A candidata do PL de São José podia ter ido ao debate, respeitar a iniciativa das associações dos moradores e dizer o que é e quer. Comeu uma quatro queijos com borda de catupiry e ignorou o debate.


PERIGO

O eleitor de Balneário Camboriú pode estar tomando uma decisão perigosa elegendo aquela cobra cuspideira do Jair Renan Bolsonaro ou extirpar este cancro da sua história.


Vadio

Jair Renan Bolsonaro é um chorume, aquele líquido imundo que escorre do lixo nos caminhões de coleta. Se o eleitor cometer este erro, pode atirar nas próprias têmporas. Ele vai destruir a cidade.


ÂNSIA

O filho da outra precisa de imunidade parlamentar para viver em liberdade. Com cara de rato de esgoto, Jair Renan Bolsonaro é mais um elo do mal desta cepa podre que emergiu no país.



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