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Quando o talão do Besc fala forte; Partido gosta de plenitude; Little Jorge sabe como; Os enganos e ilusões sem trabalho

Por: Marcos Schettini
28/01/2025 09:56
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Divulgação

O trabalho, duro e suado, não conhece ilusões

Um só talão do Besc fez mais por SC que todos os governadores juntos. Nem precisa 50 folhas, dez destas resolve tudo no todo. Partido político gosta mais de um papel verba bem escrito, que verbo. Erário da Silva Santos, calado, é um poeta. Ele precisa é fazer demonstrações de apego, mostrar que pode. Ali, nesta relação promíscua, um engana outro. Quem entrega vai ter que refazer gestos firmes e, quem recebe, novas reposições. Apoio político nasce nas folhas bem preenchidas e não há caminhos diferentes. Não existe paixão, amor e afeto. Ali reina o extrato mostrado, presentes recebidos, os passeios fáceis. Fala que tem tudo isso, mais aquilo e pode comprar o que quiser. É mecanizado pelos cacoetes que o definem, o modus operandi conhecido. Faz pela obrigação de segurar quem está ao lado para manter o voto de confiança. Precisa ter todos os dias uma novidade fútil, cansativa, que funciona frágil, momentaneamente. Diz que vai dar uma vida plena, perfeita, sem tropeços que a ilusão do mundo monetário, estranho, diga-se, engana. Compram presenças e abrem um mundo fictício que encanta na amostragem de contas recheadas e tantas facilidades que o trabalho, duro, suado, abomina. O Cofre é da Chiquinha e do Bastião. Ela, mãe, empregada doméstica e de uma história incrível para criar os filhos. Ele, operário e assalariado. Não tem maldade, são inocentes. Querem apenas cidadania sem compreender o que significa porque, em suas vidas, só há verdades. E onde estiverem, seja em que município for, levantam amanhã, bem cedo, e ainda rezam pelos que amam.


POSICIONAMENTO

Se Little Jorge teve dores estomacais com a subida de João Rodrigues no tom eleitoral, agora vai ignorar estas movimentações. Entendeu que, se mostrar preocupação, favorece o oponente.


CERTÍSSIMO

Cada vez que o filho da dona Célia olha para seu principal oponente em 2026, fortalece-o.Nesta leitura, sabe que precisa fazer o roçado e jogar as sementes boas e ruins. A 1ª para colher, a 2ª para fulminar.


TALÃO

Little Jorge sabe que tem máquina, uma estrutura consagrada e espaço no governo que, com a força de Erário da Silva Santos, piscando para os partidos, estes trocam a porta de entrada adversária.


TALENTO

Dividida a 1ª sílaba, está mais para muito parado que, unida, afirme-se com competência para atrair aliados. Se a uns é difícil entender o que isso diz, mentes brilhantes sabem que, cheque, do Besc, funciona.


CHEQUE

Little Jorge sabe como preencher uma folha. Coloca-se o nome e a data, olha para o aliado rebelde, indignado, dá-lhe a caneta para preencher o retângulo no alto à direita e, magicamente, tem-se o todo.


RITUAL

Após o retângulo ser preenchido, imediatamente é narrado por extenso. Little Jorge ri, assina estas intenções maravilhosamente inocentes, destaca ao portador.


PORTADOR

De posse deste lindo papel do Besc, o novo aliado vai à operação e sai de lá como uma criança farta no seio da mãe. Com a barriga cheia, não chora, ri sem parar e, no estalar dos dedos, todos começam a gargalhar juntos.


GARGALHADA

Erário da Silva Santos é um feiticeiro. Ele rebola o açúcar no fundo do Santo Graal e, do nada, quem toma fica, imediatamente, em estado de graça. Quem de fora vê, sabe que foi a poção mágica.


POÇÃO

Com folhas novas, após ingerida e às vezes inalada, principalmente quando elas ficam contadas com aquela maquininha de onomatopeia típica, é uma droga potente. Força pessoal de Erário da Silva Santos.


ALUCINAÇÃO

Começa quando Little Jorge faz o destaque da folha. Também tem um barulhinho característico que, de saída, já faz um efeito extraordinário. Deste minuto em diante todos começam a ver 2026 sobrevoando no ar.


COLETIVO

Uma só folha do Besc, poderosa, derruba resistências e amolece corações. Já foi visto, inclusive com Little Jorge, uma dose tão significativa que, no impeachment de Paulo Afonso, alterou seu relatório.


RELATÓRIO

Condenando-o à cassação, Little Jorge acabou cheirando, profundamente, aquela folha do bolso de Erário da Silva Santos que, sob o efeito desta, alterou a frase “vão-se os dedos, ficam os anéis”. E Paulo Afonso terminou o mandato.


MANDATO

Em tese, é o tamanho da droga que Erário da Silva Santos coloca no Santo Graal. Drogado sempre quer aumentar a dose e, munido desta química de amor recíproco, até meia usada faz café.


CAFÉ

Tem que ser de mesa farta já pela manhã. Como no Hotel Majestic do empresário Ronaldo Daux. O hóspede chega, olha aquela beleza de fartura e, como no Salmo 23, o cálice transborda.


ELE

Little Jorge tem que fazer as pazes com Erário da Silva Santos. Uma salsicha pequena e uma rosquinha. Ninguém come. É preciso nutrir esta relação e todos ficarem satisfeitos. Suados, mas felizes.



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