Deputados estaduais reagem após Azul anunciar suspensão do voo entre Chapecó e Florianópolis

Com o anúncio de interrupção dos voos diretos de Chapecó para Florianópolis, operados pela Azul, os deputados da Bancada do Oeste da Alesc enviaram o Ofício 04/2021 ao Governo do Estado solicitando estudos para o Executivo intervir junto à companhia. A finalidade é a de garantir a manutenção da rota entre o Oeste e a Capital, pois já houve redução das operações dos serviços aéreos durante a pandemia do coronavírus.

A suspensão do voo direto diário passa a valer a partir da próxima semana. “Nossa Bancada do Oeste sugere a intervenção propondo a manutenção dos voos, e se for o caso que a referida Companhia coloque uma aeronave com menor capacidade para continuar atendendo a demanda, bem como o Governo Catarinense encontre solução para redução das alíquotas de ICMS sobre os combustíveis das aeronaves”, aponta o coordenador da Bancada do Oeste, o deputado Fabiano da Luz (PT), no documento enviado ao governador Carlos Moisés.

O coordenador da Bancada do Oeste verificou que “tanto a Gol quanto a Azul estão diminuindo os voos e que, a partir da semana que vem, não haverá mais voo direto de Chapecó a Florianópolis”. O requerimento foi deliberado pelo grupo de parlamentares da região, com o objetivo de evitar ainda mais transtornos para quem precisa dos serviços.

A Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic) se manifestou sobre o caso e argumenta que manter a ligação direta Chapecó-Florianópolis é de alto interesse para Santa Catarina sob os aspectos econômico, político e cultural, pois a integração territorial é fator essencial para os setores público e privado, notadamente nesse período em que a pandemia exige, entre as várias regiões catarinenses, intenso trânsito de profissionais da saúde, equipamentos médicos e medicamentos.

A manifestação da Acic foi enviada ao presidente da Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A em face da decisão, anunciada ontem, daquela companhia suspender o voo diário entre Chapecó e Florianópolis, a partir deste sábado, 20 de março. “Tomamos conhecimento, com grande preocupação dessa decisão, pois se ela for mantida, o principal polo econômico do grande oeste catarinense ficará sem ligação direta com a capital do Estado”, expôs o presidente da Acic, Nelson Eiji Akimoto.