*Por Rafael Almeida Ganzer
Os papéis de carta, álbuns dos cantores favoritos e DVD’s com os últimos lançamentos do cinema têm algo em comum: foram, em grande parte, substituídos por novas tecnologias que cabem na palma da mão. Aplicativos permitem, por meio do celular e computador, enviar mensagens e fazer chamadas de vídeo para qualquer lugar do mundo, conhecer infinitos estilos musicais e assistir quantas vezes desejar filmes de todos os gêneros. Conforto e facilidade que mudaram também o modo como as pessoas se relacionam com as instituições financeiras.
Hoje em dia é normal consultar o saldo da conta corrente, pagar boletos ou fazer uma transferência tudo em ambiente digital. Aliás, é cada vez maior o número de brasileiros que optam por desenvolver essas atividades sem necessitar visitar um ambiente físico. Isso reflete em dados que mostram a redução do número de agências pelos principais bancos desde 2014.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mais da metade dos serviços bancários atualmente é feita por meio de plataformas online. Na Unicred SC/PR, por exemplo, 67,7% das transações são realizadas através dos meios eletrônicos (Internet banking, mobile e caixas eletrônicos). Isso mostra que a digitalização tem sido muito bem recebida, fazendo parte do cotidiano da população.
Um relatório apresentado em 2015 pela Febraban mostra que entre os países emergentes do Brics, formado por China, Rússia, Índia e África do Sul, o Brasil é o que mais investe em Tecnologia da Informação para o segmento bancário. Sendo que um levantamento entre as maiores economias mundiais revelou que o país ocupara a sétima posição nesse mesmo quesito.
Ou seja, as instituições financeiras precisam estar atentas para essa mudança de perfil e a urgência em oferecer soluções. Os aplicativos necessitam serem intuitivos, funcionais e seguros, atendendo o maior número de demandas possíveis dos usuários.
Com isso, cada vez mais o foco será em agências físicas voltadas para consultorias, com o intuito de serem pontos de encontros presenciais. Esse será o espaço que as pessoas buscarão para solucionar demandas específicas, que não puderam ser atendidas de maneira digital.
É evidente que o uso de tecnologia é incorporado mais facilmente pelos jovens, no entanto, a população de um modo geral mostra que compreende os benefícios das facilidades digitais. Esta é uma realidade que necessita ser absorvida por cooperativas e bancos tradicionais que desejam se manter atraentes no mercado.
*Gerente de Processos e Operações Unicred SC/PR
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