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Governo de SC e entidades estudam medidas de combate à cigarrinha

Por: LÊ NOTÍCIAS
21/05/2021 12:36 - Atualizado em 21/05/2021 12:37
Faesc Enori Barbieri, vice-presidente da Faesc Enori Barbieri, vice-presidente da Faesc

O trabalho feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para identificar os materiais tolerantes a cigarrinha do milho, já aprovados e comercializados no Brasil, foi destaque, nesta semana, durante o Seminário promovido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Aliado a isso, foi divulgada uma cartilha com orientações sobre manejo e enfezamentos na cultura do milho. O evento foi um pedido da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) para a comissão de grãos da CNA.

A planilha contempla 652 cultivares classificadas após avaliação em campo de acordo com sua tolerância que varia de 1 (muito baixa) a 9 (alta). Os materiais confirmados como altamente tolerantes (9) a cigarrinha foram 22 cultivares. A iniciativa é uma demanda da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e outras entidades de produtores, como: Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e CNA.

O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, considera um avanço para o setor. “Nossas lavouras de milho no sul do País foram fortemente castigadas pela seca e pela praga da cigarrinha. A estimativa é que a safra catarinense 2020/21 chegue, no máximo, a 1,5 milhão de toneladas – 1,2 milhão a menos que o previsto. Para se ter uma ideia, Santa Catarina terá que importar cerca de cinco milhões de toneladas de milho no ano, o que também impactará nos custos de produção das agroindústrias”.

Segundo Barbieri, com a possibilidade de optar por cultivares que possuem bons níveis de resistência aos enfezamentos, o produtor poderá plantar mais de uma cultivar, além de fazer rotação para evitar a quebra de resistência. “Além disso, a cartilha é um documento fundamental para que o produtor possa planejar a próxima safra e garantir os melhores resultados”.

O ano é de preços elevados de milho, o que pode trazer problemas de desabastecimento regionais no mercado interno. “Estamos muito preocupados com o futuro do produtor e com a indústria de proteína animal. As medidas recém-apresentadas ajudarão a evitar mais perdas em função da falta de manejo adequado e do controle eficaz desta praga que vem trazendo enormes prejuízos em Santa Catarinae outras regiões do País. No entanto, não podemos parar por aí. Precisamos continuar pensarmos em políticas públicas que melhorem a logística, seu destino e remuneração do produtor”.

Barbieri destaca, ainda, que apesar das complicações que estão havendo, como seca e cigarrinha, é importante que os produtores mantenham essa oportunidade que conquistaram de fornecer para a indústria consumidora de milho. Dessa forma, podem fazer rotação de cultura, ou seja, um ano plantar milho e no outro plantar soja. Isso fazparte das práticas agronômicas que possibilitam aumento de produtividade”, conclui Barbieri.

Acesse a lista completa dos cultivares resistentes à praga da cigarrinha que está disponível no link. A cartilha do MAPA sobre Manejo da cigarrinha e enfezamentos na cultura do milho pode ser conferida no link.

CIGARRINHA EM SC

Em Santa Catarina, a incidência da cigarrinha-do-milho, inseto-vetor de doenças provocadas por vírus e bactérias, tem ocorrido de forma generalizada em todas as regiões e com danos econômicos variáveis na safra 2020/2021. De acordo com levantamento da Epagri, as macrorregiões mais afetadas são o Meio-Oeste, Oeste, Extremo-Oeste, Planalto Norte e Planalto Serrano. Produtores relatam perdas de até 70% das lavouras, especialmente nos cultivos precoce e superprecoce, variedades mais sensíveis à praga.

A cigarrinha se alimenta e se reproduz apenas no milho e, por isso, a manutenção de plantas é favorável para sua multiplicação. Também não há controle químico 100% eficaz para a praga. Ao contaminarem a planta, as cigarrinhas prejudicam o seu desenvolvimento, acarretando em má formação, menos espigas e, consequentemente, queda de produtividade.


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