O sindicato é um dos maiores, se não for o maior, antagonismo entre as instituições, tanto políticas quanto sociais, que surgiram ao longo do tempo através das lutas por direitos na florescência das proteções da lei durante o século XX e antes.
Mas porque antagonismo? Por que o sindicato é por natureza o representante de uma causa legítima, necessária e justa, que é a busca por melhores condições de trabalho para o operário, mas também, é instrumento de captação de recursos para, literalmente, enriquecer uma tropa de sem serventia que o transformou em negócio (vide os Mata Roma), e pra financiar modelos derrotados de governo.
Isso mesmo, modelos derrotados, como o da Venezuela, o de Cuba, o da União Soviética e outros notáveis que se aproveitaram de uma causa justa, a valorização do trabalhador, o movimentador da economia, para encher os bolsos e os egos fedorentos dos seus líderes pra depois deixar faltar comida no prato deles e dizer que os salvaram dos homens maus.
E é muito simples de constatar como as movimentações de sindicato tem sido tendenciosas e políticas, é só olhar pros últimos 15 anos e lembrar que nos governos do petê não houve sindicato na rua contra o governo que prometeu a reforma trabalhista, a previdenciária e a tributária, não fez nenhuma e quebrou o país, mas hoje, há uma tropa de artistas fazendo esses circos de greve geral e sei mais o quê, com a desculpa de direitos que não foram pagos ou direitos que serão perdidos, que vem de um discurso mentiroso e repetido aos latidos por militantes adestrados para a baderna e a incomodação, que não estão comprometidos com os fatos, leis, processos e orçamentos, mas sim, em criar desordem, o que prova que eles têm mais motivos políticos que comprometimento com a situação do trabalhador pra ir às ruas. Se tornaram um escoadouro de dinheiro descontado por lei do trabalhador pra financiar as pirralhices da esquerda que os domina, que não tem nada a ver com a luta pelo trabalhador, tem a ver com Fora Temer, embora com isso eu concorde.
Não, isso não é a essência do sindicato, não pode ser órgão político partidário, tem é que ser um braço forte, uma via de discussão, de pressão, de exigência da valorização do operário, formado e financiado por operários de verdade empenhados com a causa laboral, e não por quem os use como escora para intentos puramente políticos e egoísticos, e existem por aí muitos desses, só que infelizmente estão ofuscados na generalização que a maioria causou.
No dia que o trabalhador tomar de volta o que lhe pertence e se tocar que o suador do seu trabalho é usado pra financiar folias de partidos, aí sim teremos uma revolução de verdade.
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