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Moisés pede que catarinenses busquem a Saúde em caso de doenças respiratórias

Ricardo Wolffenbüttel/Secom Governador ressalta que o alto índice de internações hospitalares está diretamente ligado à baixa cobertura vacinal de crianças, adultos e idosos Governador ressalta que o alto índice de internações hospitalares está diretamente ligado à baixa cobertura vacinal de crianças, adultos e idosos

O governador Carlos Moisés voltou a fazer um apelo à população para que busque as vacinas contra doenças respiratórias disponíveis no sistema de saúde. O chefe do Exectuvio estadual enfatizou que dados da Secretaria de Estado da Saúde indicam que o alto índice de internações hospitalares está diretamente ligado à baixa cobertura vacinal de crianças, adultos e idosos.

“Temos vacinas disponíveis, seguras e eficientes contra a Covid-19 e contra a gripe. Novos casos de doenças respiratórias estão lotando hospitais e sobrecarregando o sistema. Em dois anos de pandemia, o Governo mais que dobrou o número de leitos na rede pública, estamos abrindo mais 82, e não tem sido suficiente diante da demanda. Vamos nos prevenir, nos cuidar e proteger quem está a nossa volta, principalmente crianças e idosos. Se você ainda não tomou as vacinas, procure um posto de saúde e faça a sua imunização”, reforçou o governador.

A cobertura vacinal da gripe está em 52% nos grupos prioritários, mas já chegou a mais de 90% em anos anteriores. Ao todo, 1.298.792 doses foram aplicadas até sexta-feira, 10.

Também há redução na busca de imunização contra Covid-19. Atualmente, mais de 5,8 milhões de catarinenses completaram o esquema primário de vacinação, o que equivale a 86,1% da população vacinável. Porém, apenas 47,1% da população acima dos 18 anos recebeu a dose de reforço, que está liberada para este público desde 20 de novembro de 2021.

O principal alerta é para a população acima dos 50 anos. Segundo os dados do boletim epidemiológico da Covid-19, dos 77 óbitos por Covid em maio deste ano, 71 deles (92%) foram de pessoas dessa faixa etária. Nessa população, o esquema primário de duas doses ou dose única alcançou 98,2%, mas a cobertura da primeira dose de reforço ficou em 66,5%. Além disso, desde a semana passada, uma segunda dose de reforço passou a ser recomendada para uma maior proteção deste público-alvo, e menos de 10% das pessoas aptas já a recebeu.

MAIS 82 LEITOS PEDIÁTRICOS E NEONATAIS


Nesta semana, foram abertos 6 novos espaços de UTI neonatal e 8 de cuidados intermediários pediátricos. Esses são apenas os primeiros 14 dos 82 leitos previstos entre pediátricos e neonatais que farão parte dos atendimentos do serviço único de saúde.

Os novos leitos estão divididos entre a Grande Florianópolis, Meio-Oeste e Serra. São 5 UTIs neonatal no Hospital Hélio dos Anjos Ortiz, em Curitibanos, e 1 leito de UTI neonatal no Hospital Infantil Joana de Gusmão, que também ganhou 8 leitos de cuidados intermediários pediátricos.

As tratativas entre a SES e as unidades hospitalares seguem para tentar ampliar esses números. Até agora, foram acrescentados 14 leitos de atendimentos infantis aos 68 anunciados anteriormente, totalizando 82 (71 novos leitos de UTIs, divididas entre neonatal e pediátrica), mais 11 leitos de retaguarda). Há ainda a possibilidade de ampliação do número.

Além das 82 unidades para os pacientes infantis, no dia 13 serão abertos 10 novos leitos de UTI adulto e 17 de enfermaria instalados no Hospital Florianópolis. Com este incremento, o estado passará a contar com 756 unidades de terapia intensiva adulto.

EFICÁCIA DA VACINA CONTRA COVID-19


Passado um ano e meio do início da vacinação contra a Covid-19, mais de 14,9 milhões de doses já foram aplicadas em Santa Catarina. Com isso, houve uma importante redução na gravidade da doença, refletido na queda do número de hospitalizações e mortes.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 teve início em janeiro de 2021. Até junho de 2021, pouco mais de 857 mil catarinenses já tinham completado o esquema primário de vacinação, o equivalente a 12.7% de cobertura da população vacinável. Considerando o período de janeiro de 2020 a junho de 2021, já tinham sido registrados 1.101.413 casos de Covid-19, com 62.418 hospitalizações e 17.928 óbitos.

A partir de julho de 2021, foram registrados 655.795 casos de Covid-19, com pouco mais de 16.951 hospitalizações e 3.971 óbitos. Ou seja, a partir do momento que a campanha de vacinação começou a avançar no Brasil, houve uma redução de 40% nos casos, de 73% das hospitalizações e de 78% dos óbitos por Covid-19, mesmo com a presença de novas variantes, como a Delta e Ômicron, ainda mais transmissíveis que as anteriores.

Agora, a campanha de imunização entra em nova fase. O foco se dá principalmente nas doses de reforço, que comprovadamente aumentam a proteção contra o Coronavírus.

Ao longo de dois anos e meio de pandemia, o coronavírus apresentou uma imensa capacidade de mutação, o que fez surgir diferentes variantes que foram responsáveis pelas grandes ondas pandêmicas. Destas, a variante Ômicron foi a responsável pelo grande número de casos registrados no início de 2022. No momento, uma subvariante da Ômicron, chamada BA.2, é responsável por quase que a totalidade dos casos novos. Ela é ainda mais transmissível que a original, e tem sido responsável por um aumento no número de casos graves e óbitos de pessoas com idade acima de 50 anos que não receberam as doses de reforço.

Portanto, a partir de agora, a melhor forma de se proteger contra uma possível nova onda de infecções pelo coronavírus é recebendo a dose de reforço, que deve ser aplicada para todas as pessoas a partir dos 12 anos de idade, e 4 meses após completarem o esquema vacinal primário. As pessoas acima de 50 anos devem receber uma segunda dose de reforço 4 meses após a primeira dose de reforço. Com isso, continuaremos mantendo os baixos índices de hospitalizações e mortes por Covid-19 no estado.


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