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Arte & manhas | Tutti Frutti - os sabores mutantes de Rita Lee

Por: Luís Bogo
10/05/2023 14:17

Demorei um pouco para comentar a morte de Rita Lee, pois os milhões de fãs que a seguiam inundaram noticiários e redes sociais com as mais justas homenagens. A morte de Rita Lee nos faz pensar que o que nos torna imortais não é a morte em si, é o legado, é o que se deixa de memória para os outros.

Rita nos trouxe mensagens de amor, de sensualidade e sobe berrar quando achou necessário, sempre com profunda consciência política. Nunca abdicou do direito de opinar sobre qualquer assunto. Enfrentou governos e preconceitos, rompeu barreiras, provou perigos e se colocou à frente de movimentos revolucionários (e aqui não a coloco apenas como um dos líderes da tropicália, pois continuou atuante politicamente até o final, mesmo não se vinculando a partidos políticos).

Rita Lee soube navegar por diversos mares, lagos e rios. Na minha adolescência, com o vinil “Mania de Você”, me fazia pensar que eu poderia provocar “água na boca” de alguém ou ser o “doce vampiro” de alguma garota. Porém, continuei a ser a “ovelha negra da família”. Mas isto são coisas passadas há muito tempo, que só lembro porque ela conseguia se identificar com a juventude e as justas rebeldias.

Além da postura política firme e justa, é necessário que ressaltemos seu talento artístico. Cantora, compositora e instrumentista, trouxe-nos luz, poesia, amor e esperança aos corações.

É realmente lamentável que algumas vidas se percam, principalmente a de pessoas que pregaram o amor, a justiça e a solidariedade.

Rita Lee não morreu. Sempre estará viva no coração de quem ainda sente algum amor ou alguma justa rebeldia.


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