A cidade de Straubing, localizada na Alemanha, se tornou palco de importantes discussões para potencializar vantagens competitivas no âmbito dos acordos climáticos que influenciam a economia.
O secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, Guilherme Dallacosta, estava entre os 18 especialistas e empresários brasileiros que, durante cinco dias, participaram do Seminário Técnico de Bioeconomia no estado alemão da Baviera. A missão permitiu aos participantes um mergulho nas tecnologias mais práticas de inovação e sustentabilidade, com foco nas áreas de biotecnologia industrial, silvicultura e agricultura sustentável.
A iniciativa foi articulada pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico Local (IDEL), juntamente com a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina e organizada pela Bildungswerk der Bayerischen Wirtschaft (bbw internacional), com o apoio da Secretaria de Assuntos Econômicos da Baviera.
“As impressões sobre tudo que têm sido feito na área de Bioeconomia na Alemanha foram ótimas. Tudo que eles estão fazendo é uma revolução neste tema. Para nós, foi uma experiência muito enriquecedora. Estamos agora com as portas abertas para recebê-los em Santa Catarina para fazermos uma agenda conjunta de cooperação e estabelecer laços com a Baviera. Queremos essa parceria para focar principalmente na área de pesquisas e trazer novas ideias de negócios para as empresas catarinenses”, destacou o secretário Dallacosta.
Anne Oertel, representante da bbw, destacou a importância do intercâmbio. “A Baviera tem uma estratégia para fomentar a bioeconomia desde 2020. Este é um bom momento para o Brasil, especialmente Santa Catarina, que possui recursos e biomassa em potencial. Precisamos cooperar para acelerar o desenvolvimento de uma economia verde, capaz de enfrentar as mudanças climáticas”, afirmou.
Composto por um cronograma intenso, o seminário contou com visitas a polos de bioeconomia, como o BioCampus Straubing, onde os participantes tiveram contato direto com tecnologias de ponta, incluindo a produção de biometano pela Micropyros e a utilização de lignina pelo Grupo LXP, ambos exemplos concretos de aplicação dos princípios da bioeconomia na indústria.
Aline Ghisi, que representou o IDEL no seminário, destacou a importância desse intercâmbio para o desenvolvimento sustentável de Santa Catarina. “O que vivemos aqui na Baviera foi uma verdadeira revolução em termos de bioeconomia. As tecnologias que vimos podem transformar não apenas as indústrias, mas também o ambiente e a sociedade como um todo. Tenho certeza de que essa parceria IDEL/Facisc, bbw e a Secretaria de Assuntos Econômicos da Baviera vai continuar abrindo novas oportunidades aos estados, ampliando o uso de recursos biológicos e renováveis de maneira sustentável”, reforça a consultora.
Durante o seminário, também foi enfatizada a força da Baviera como um dos principais ecossistemas de bioeconomia da Europa, com uma infraestrutura robusta que inclui empresas como a Landpack, que produz embalagens sustentáveis a partir de palha, e o instituto Fraunhofer IGCV, que lidera pesquisas externas à tecnologia de materiais compostos e reciclagem. Essas iniciativas fazem parte de um esforço coordenado para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e promover uma economia circular.
E este é um dos objetivos do seminário técnico, promover a troca de conhecimentos e fortalecer a bioeconomia como uma solução para os desafios econômicos e ambientais globais. A programação incluiu ainda visitas a instituições como o Cluster de Tecnologia Ambiental da Baviera, além da AVA, uma usina de reciclagem de resíduos, responsável pelo tratamento dos resíduos de mais de um milhão de pessoas todos os dias; e muito outros ambientes bávaros, tradicionalmente inovadores e preparados para enfrentar novos desafios com empresas eficientes.
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