Em uma colaboração entre Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Consórcio Iberê, prefeituras e outras instituições parceiras, está sendo iniciada nova etapa de campo do Projeto Mata Ciliar. Entre fevereiro e março, 70 produtores rurais receberão uma equipe técnica que vai avaliar as propriedades e orientar ações para isolamento e recupeação de Áreas de Proteção Permanente (APP) ao longo de nascentes e cursos d´água.
Desde o início, em 2006, o Projeto de Proteção e Recuperação de Áreas de Preservação Permanente beneficiou 499 propriedades rurais e recuperou uma área de 353,25 hectares, fortalecendo a preservação dos recursos hídricos e promovendo um futuro mais sustentável para a região.
Nesta nova etapa as primeiras visitas acontecerão nos municípios de Guatambu e Cordilheira Alta, mas o projeto beneficia também São Carlos, Águas de Chapecó, Caxambu do Sul, Planalto Alegre e Chapecó. Todas essas cidades fazem parte da Bacia Hidrográfica dos Rios Chapecó/Irani, uma região de grande importância ecológica, abrigando remanescentes da Mata Atlântica e desempenhando um papel essencial na preservação dos recursos hídricos.
TRABALHO COM AS FAMÍLIAS
A primeira visita técnica marca o início dos trabalhos com as famílias. Durante essa etapa é realizado um diagnóstico ambiental da propriedade, são avaliadas as necessidades e calculados os materiais necessários para a instalação de cercas. Esse levantamento inclui a identificação das Áreas de Proteção Permanente (APP) que precisam ser protegidas ou recuperadas, o registro das coordenadas geográficas, as fotografias da situação inicial e a coleta e entrega da documentação que precisa ser preenchida pelo proprietário.
As inconformidades ambientais identificadas são analisadas em conjunto, e as orientações para correção são detalhadas no Relatório Ambiental da Propriedade (RAP). Esse documento serve como um guia para o produtor rural, esclarecendo dúvidas e sugerindo adequações para a conservação ambiental.
A recuperação das áreas começa com a implantação de cercas, respeitando o recuo mínimo determinado pelo Código Florestal Brasileiro. A distância varia de 5 a 30 metros para cursos d`água e 15 metros para nascentes, dependendo do tamanho da propriedade. "A instalação das cercas impede que animais degradem a vegetação e evita o plantio inadequado no entorno das nascentes e cursos d´água. Além disso, reduz significativamente o risco de assoreamento e erosão, permitindo a recuperação da Mata Ciliar", explica Karling Fernanda Schuster, bióloga da Casan.
A Casan investe no projeto como parte de seu compromisso com a proteção e recuperação de nascentes e riachos que abastecem a região Oeste de Santa Catarina, frequentemente afetada por estiagens. A iniciativa está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), movimento do qual tanto a Casan quanto o Consórcio Iberê são signatários.
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