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Plataforma da Epagri disponibiliza monitoramento dos ciclos de vida do mosquito da dengue

Divulgação Estudos mostram que o número de gerações do mosquito varia conforme a região e estação do ano Estudos mostram que o número de gerações do mosquito varia conforme a região e estação do ano

A Epagri disponibilizou na sua plataforma Agroconnect um sistema voltado para monitoramento de ciclos de vida e gerações do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças denominadas arboviroses.

O produto, desenvolvido por técnicos da Epagri/Ciram, informa, com base na temperatura do ar, o número de dias que o inseto leva para se desenvolver do ovo até a fase adulta, quando passa a representar risco efetivo de transmissão de doenças a humanos. O sistema informa ainda quantas gerações do mosquito serão possíveis de acordo com a temperatura vigente na época do ano.

Hamilton Justino Vieira, um dos pesquisadores da Epagri/Ciram que desenvolveram o estudo, explica que o produto foi desenvolvido para apoiar as autoridades nas decisões que vão subsidiar medidas preventivas ligadas ao combate das arboviroses. Numa próxima etapa, o sistema vai disponibilizar a previsão de ciclos de vida e gerações do mosquito, baseada nas temperaturas, para cinco, dez e 15 dias.

O sistema de monitoramento do mosquito da dengue faz parte do projeto Miríades, que se propõe a disponibilizar no Agroconnect monitoramento e previsão de insetos-pragas que atacam as principais culturas agrícolas de Santa Catarina. O projeto, coordenado pela pesquisadora da Epagri/Ciram Iria Araújo e desenvolvido com recursos próprios, reúne uma equipe multidisciplinar, incluindo os entomologistas que atuam em diferentes unidades da Epagri espalhadas pelo Estado.

TEMPERATURA DO AR INTERFERE NO DESENVOLVIMENTO DO INSETO

O novo produto disponível no Agroconnect foi desenvolvido com base em estudo descrito em artigo publicado na Agropecuária Catarinense, revista científica da Epagri. O estudo levantou as condições de temperatura do ar que interferem na proliferação do inseto, desde a postura dos ovos até a fase adulta.

Hamilton explica que os insetos são animais de sangue frio, o que significa que

não conseguem gerar calor interno para regular a temperatura corporal. Como têm pouca massa corporal, qualquer variação na temperatura ambiente interfere em seu ciclo de vida, o que explica a grande influência dessa variável ambiental.

A pesquisa desenvolveu equação matemática que relaciona o desenvolvimento do A. aegypti com as temperaturas médias horárias. Os cálculos possibilitaram estimar a duração, em dias, do ciclo ovo à fase adulta, sua distribuição mensal, número anual e a média histórica mensal de gerações.

CONCLUSÕES PARA FLORIANÓPOLIS E PARA SC

Uma parte do estudo se concentrou em Florianópolis, quando foram avaliadas temperaturas horárias registradas por estações meteorológicas entre 2001 e 2023. No âmbito estadual, os dados avaliados foram registrados entre 2022 e 2023, por 37 estações meteorológicas espalhadas no território catarinense.

O estudo contabiliza que em Florianópolis o mosquito da dengue pode se desenvolver em ciclos de dez a 15 dias no verão e de cerca de 30 dias no inverno. Também ficou estimado que o número de gerações do A. aegypti na capital catarinense pode variar de 18 a 21 no período de um ano.

Na parte do estudo que abrangeu o território de Santa Catarina, constatou-se que no litoral ocorre maior número de gerações do mosquito, média de 18 a 22 por ano. Já a região do Planalto Sul, onde a altitude é mais elevada e, portanto, o frio é maior, registra o menor números de gerações, entre 5 e 9 por ano. O Planalto Norte apresenta estimativa do número de gerações anuais intermediário, entre 10 e 13. No Oeste os valores da estimativa ficam entre 14 e 17 gerações, se aproximando da região litorânea.

De modo geral, as condições de temperatura em Santa Catarina permitem ao A. aegypti desenvolver, em média, 19 gerações anuais, com uma a 2,5 gerações ao mês. A duração estimada do ciclo de vida varia de 10 a 30 dias, dependendo dos meses do ano.

Os pesquisadores alertam que os resultados obtidos foram provenientes da estimativa da duração e número de ciclos do mosquito, baseados nos dados da rede de estações meteorológicas da Epagri, e não do número de indivíduos.

Clique aqui para ler a íntegra do artigo científico.


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