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Crescimento na exportação de carne bovina é destaque do Boletim Agropecuário

Crescimento de 20% na exportação de carne bovina é o destaque do Boletim Agropecuário de maio, da Epagri/Cepa (Foto: Divulgação/LÊ) Crescimento de 20% na exportação de carne bovina é o destaque do Boletim Agropecuário de maio, da Epagri/Cepa (Foto: Divulgação/LÊ)

O crescimento de quase 200% na exportação de carne bovina é a grande notícia do Boletim Agropecuário de maio, emitido pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa). A cebola - que está com o maior preço dos últimos dois anos - e o milho também são destaques positivos. Por outro lado, arroz, feijão, leite e outras culturas lutam contra os baixos preços e queda de produção.

BOVINOCULTURA

Embora as exportações catarinenses de carne bovina ainda sejam bastante reduzidas, têm apresentado ritmo de crescimento bastante significativo. Nos primeiros quatro meses do ano foram exportadas 1,63 mil toneladas do produto, incremento de 196,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os preços do boi gordo seguem estáveis em maio.

MILHO E CEBOLA

O preço do milho vem se equilibrando quando comparado ao da soja. Com os preços em elevação, o cereal toma força competitiva na comparação com a leguminosa. O milho para fins de confecção de silagem tem grande avanço na área de cultivo, impulsionado pela demanda da produção leiteira nos últimos anos.

A safra catarinense de cebola entra na fase final da comercialização. Supreendentemente, o mercado reagiu de forma positiva, propiciando importante alta nos preços da hortaliça, atingindo o maior valor pago aos produtores nos últimos dois anos. Já no início de abril o preço pago ao produtor foi de R$ 1,50 a R$ 2,00/Kg. No final do mês, esse patamar já ultrapassava R$ 2,00/kg. Essa reação do mercado está ligada ao final da comercialização da safra do Sul do Brasil, coincidindo com um retardamento da entrada da cebola produzida no Nordeste, prejudicada pelo excesso de chuva e a baixa qualidade.

ARROZ E FEIJÃO

O arroz sofre com preços baixos, sem tendência de forte recuperação. Com isso, produtores enfrentam dificuldades para pagar suas dívidas e ainda obter lucro.

O feijão teve redução de área plantada, que deve diminuir a produção em aproximadamente 30%. Segundo o Boletim, com a colheita do feijão 2ª safra iniciando na região de Chapecó, estima-se, até o momento, redução de 22% de área cultivada, numa comparação com o ciclo agrícola passado.

LEITE

Dados do IBGE relativos à quantidade de leite cru adquirido pelas indústrias inspecionadas no primeiro trimestre de 2018 reforçam a ideia de que estamos vivendo muito mais um período de demanda enfraquecida do que de oferta elevada. Esse cenário tem se refletido no mercado, que não dá sinais de recuperação consistente. Mesmo com algumas elevações recentes, os preços de alguns lácteos seguem em patamares relativamente baixos e, aparentemente, sem perspectivas de aumentos mais expressivos para os próximos meses.

MAÇÃ

A expectativa é de redução na oferta da maçã a partir de junho, como reflexo do aumento das exportações de frutas miúdas e da comercialização nos mercados locais das frutas de menor qualidade. A estratégia dos produtores é escoar o máximo de frutas para que, com o aumento no volume comercializado, possa arrecadar o suficiente para o custeio da próxima safra, já que há dificuldades de financiamento futuros. As empresas e cooperativas classificadoras resolveram alternar a comercialização entre as variedades fuji e gala, para induzir a valorização dos preços com redução relativa na oferta.

TRIGO E SOJA

Com alta nos preços e a entressafra brasileira, o trigo deverá ter preços reajustados e repassados à toda cadeira produtiva nos próximos meses. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), entre março e abril as cotações das farinhas para pré-mistura, massas em geral e panificação registraram alta de 6,06%, 5,84% e 4,64%, respectivamente. No mesmo período o preço do farelo de trigo ensacado subiu 13,4% e o do trigo a granel 10,64%.

A soja também teve seus preços impulsionados em abril por fatores determinantes de mercado.

AVICULTURA E SUINOCULTURA

O frango enfrentou queda significativa nas exportações de abril (-28,55% em relação a março e -17,39% em relação a abril/2017), principalmente em função das restrições decorrentes da Operação Trapaça. Apesar disso, os preços do frango vivo ainda apresentam movimento de alta.

O suíno também teve queda nas exportações no mês passado (-20,19% em relação a março e -4,19% em relação a abril/2017), principalmente por causa da continuidade do embargo da Rússia. Contudo, há crescimento significativo das exportações para alguns países, como China (+166,09%), Chile (+93,32%) e Argentina (+116,34%). Os preços do suíno vivo seguem em queda em maio, mas num ritmo menor que nos meses anteriores. Em abril Santa Catarina respondeu por 51,58% do total de carne suína exportada pelo Brasil.

ALHO

A conjuntura geral de mercado de alho permanece com oferta em alta, o que, aliada à nova queda dos preços internacionais, ocasionou redução dos preços pagos aos produtores. Neste sentido, a dinâmica de comercialização da safra catarinense se mantem com pouca movimentação de negócios desde o início do ano. As informações coletadas pela Epagri/Cepa mostram que os preços pagos aos produtores permanecem nos patamares de abril e praticamente sem perspectivas de alteração no curto prazo.

Leia o Boletim completo: http://docweb.epagri.sc.gov.br/website_cepa/Boletim_agropecuario/boletim_agropecuario_n60.pdf


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