*Por Ricardo Roesler
Estamos diante da maior eleição da história não só pelo número de eleitores que ultrapassa os 146 milhões no país – em Santa Catarina são 5 milhões. Não só porque 57% do eleitorado brasileiro vai votar com identificação biométrica garantindo ainda mais segurança ao voto – em Santa Catarina o índice é superior, com 60,7% dos eleitores tendo acesso às urnas através da digital. E não só porque o eleitor deverá escolher seis candidatos (presidente, governador, dois representantes para o senado, 16 deputados federais e 40 estaduais em Santa Catarina).
Estamos diante da maior eleição da história também pelos desafios que estaremos enfrentando: o fenômeno das fake news; as novas regras do financiamento das campanhas eleitorais; e a introdução do voto impresso em aproximadamente 30 mil urnas no Brasil - 787 em SC. Além disso, estamos diante da maior eleiçãoespecialmente porque ela já está ocorrendo devidamente autorizada pela legislação eleitoral. A pré-campanha antes das convenções partidárias com a apresentação das plataformas e projetos políticos, desde que não haja pedido explícito de voto, é uma realidade.
E isso é saudável para a democracia. Desde já, é preciso que partidos e pré-candidatos, e depois os candidatos, abandonem a política detratora, que ataca, difama e desqualifica os adversários. É necessário que se concentrem em ações positivas, para dar conta dos inúmeros problemas que assolam a Nação e as tornem públicas o quanto antes. É fundamental que o eleitor preste atenção ao posicionamento dos pré-candidatos, fazendo a opção por propostas propositivas. Com essa atitude, ressignificaremos o voto, instrumento que sempre contribuiu para a confiança da sociedade na atividade política. Estou convicto de que os eleitores não se furtarão à reflexão e ao garimpo pelo voto consciente e responsável. Essa é a parte que cabe a cada um dos brasileiros, antes, durante e depois de chegar à cabine de votação.
*Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina
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