Segura na mão de Deus e vai
A fé que move os corações de quem acredita é um aditivo particular. Não há quem possa oferecer àquele. A busca desta força do Alto é iniciativa própria. Acontece nas próprias convicções que, demonstradas, animam a todos. É como o sorriso. Ele manifesta-se primeiro no espírito e, depois, contamina a carne. Aí, exatamente neste momento, revelando-se verdadeiro, sincero e necessário, todos são imediatamente contagiados. Não há explicação material deste fenômeno que faz grandiosos tremerem e pequenos elevarem-se. Talvez tenha sido isso que, diante de Golias, David derrubou a soberba expressa no rosto do oponente tornando-se, assim, Rei. Às vezes é apenas um pequeno golpe desferido no momento e na ora certa. Não se antecipa a vitória. Ela, destinada a chegar, alcança o melhor. Eleição é unção de paciência, tolerância e palavra.
De Brasília (DF).
Sua liderança tem uma história para motivar sua ida a deputado federal. Qual é?
Temos pautado nosso trabalho pela transparência do mandato e pelo posicionamento de independência que assumi na Câmara de Vereadores, defensor da Livre Iniciativa, da diminuição do Estado e do corte de privilégios. Não faço uso, por exemplo, do carro da Câmara, do celular e nem das diárias. Inovamos, também, na interação com os munícipes, adotando o aplicativo Nosso Mandato, onde oportunizo aos cidadãos o livre acesso a todas as minhas ações como parlamentar, a opção de notificar problemas na cidade, agendar um horário etc.
Qual é seu projeto para ser levado a Brasília se sair consagrado?
Minha pré-candidatura a deputado federal reforça essa minha luta de fazer diferente e de fazer a diferença na política. Precisamos de mais Brasil e menos Brasília. É urgente também adotarmos um novo modelo de gestão pública para o Brasil: enxuto, descentralizado, com mais autonomia orçamentária, tributária e legislativa para os Estados e municípios. A Reforma do Pacto Federativo, junto com a Reforma Política, devem ser prioridades para a próxima legislatura.
Pacto
Nada de mundo novo nos últimos dois dias. A terça e quarta foram de um cenário encoberto por estratégias de silêncio que marcaram todos os partidos. A ideia é não falar nada para, se escorregar no verbo, prejudicar mais do que se encontra quadro.
Então
O deputado João Amin, com garantias plenas de seu retorno à Casa em 2019, escondeu-se. Tem razões óbvias para manter-se distante. Dos motivos conhecidos, desponta sua porção familiar que atinge diretamente. Se o pai sair, beneficia-se.
Natural
Candidatando-se a governador, Esperidião teria, por sobrenome, apoio à reeleição do filho a estadual. O deputado estadual não tem como se desvincular do federal na linha de frente em busca do voto. Um ilumina o outro.
Umbigo
Embora o filho tenha visível vida própria, o eleitor combina o nome comum entre ambos. Não é possível separar João e Esperidião de Amin, marca que está na lembrança no cidadão que, sabe-se, dá ao deputado federal 30% de vantagem.
Cotovelo
Os demais deputados estaduais do Progressistas observam que o nome Amin, independente do postulante à vaga na cabeça de chapa, influencia o eleitor. O ciúme contamina a bancada que, como João Amin, busca a reeleição que ao filho é garantida.
Fortaleza
Todo o jogo em volta de Esperidião é pelo reconhecimento de sua força eleitoral reconhecida. O ex-governador tem um currículo de grandiosos serviços ao cidadão que, ao contrário de ser um nome, é uma marca. Amin é Hugo Boss nas urnas.
Patrimônio
Dono absoluto de uma liderança que sensibiliza inclusive Geraldo Alckmin, a pressão do deputado federal é na proporção que recebe. Cogitado para uma função de soma, Esperidião tem tratamento, inclusive na Tribuna da Câmara, como governador.
Duro
O tratamento de sua maior altura pública é em função do que imprime na vida dos cidadãos. Se entrasse flexível no debate sucessório, como todos gostariam, já teria sido engolido. Reconhecendo isso, mantém a postura de respeito adquirido.
Animação
Paulo Bauer injetou nas próprias veias a adrenalina que não demonstrou nestes períodos de construção de sua posição mor na majoritária. Assumiu de vez a postura de cabeça de chapa. Ligando para um e outro, ontem, passou à ofensiva.
Assinatura
Na região que deu a ele duas ocupações da Casa d’Agronômica, Eduardo Pinho Moreira é o maestro da orquestra ulyssista na recepção a Mauro Mariani amanhã no Sul de SC. O nome a governador terá a festa digna do MDB para impressionar.
Vigor
A disposição de Pinho Moreira ao assinar o maior evento do MDB em seu berço político tem lógica. Não somente quer mostrar sua força, domínio e poder de mobilização, mas tirar uma possível emissão de seu nome ao SPC partidário.
Crédito
Para não passar por Pôncio Pilatos no futuro, Eduardo Moreira faz o chamamento ao projeto de Mauro Mariani mais para se proteger. Dando certo, fez sua parte. Errado, quer impedir seu apedrejamento à moda Maria Madalena.
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