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Encruzilhada eleitoral; Geraldo Alckmin na sensibilidade de SC; JKB aguarda entendimento; Carlos Chiodini no futuro; João Venzon no Duas Perguntas

Por: Marcos Schettini
01/08/2018 23:09

O futuro de Carlos Chiodini

Jovem de demonstrada habilidade nas urnas, o deputado estadual constrói sua ida a Brasília para olhar, de longe, sua capacidade de moldar um projeto viável, inteligente, e no tempo certo, em direção à Casa d’Agronômica. Do Norte do Estado, aprendeu com os muitos líderes que conviveu, nesta região ou não, que suas intenções são suficientes para sentar na principal cadeira de Santa Catarina. Vai fazer isso acontecer no amadurecimento da oportunidade. Por isso, trocando a Alesc pela Câmara dos Deputados, Chiodini dá o recado a si mesmo. Ambição converte-se em tempo e, possibilidade, em projeto. Novo, com apenas 36 anos, reconhece-se como a safra de amanhã. Não tem pressa, muito menos imprudência. Vai buscar, em 2018, a votação necessária para imprimir este entendimento, dentro e fora do MDB. Vai agir naturalmente para ser levado a esta condição. Define a colheita para atingir a meta. Ele será, no calendário certo, governador.


De Florianópolis (SC).


Qual é o sentimento popular destas eleições?

As pessoas estão cansadas. Cansamos de pagar tantos impostos e não ter bons serviços em troca. O Brasil é um dos países com a maior carga tributária do mundo. As empresas enfrentam uma enorme burocracia... Por isso defendo uma reforma tributária justa e que privilegie os municípios. A prioridade das pessoas está nas cidades, então os recursos também tem que estar. Temos que simplificar a nossa arrecadação e a distribuição dos recursos para garantir que os investimentos cheguem ao lugar certo. É preciso unir experiência com coragem e novas ideias.

Por que você quer ser deputado federal?

Atualmente, 70% dos recursos são centralizados no Governo Federal, 23% nos Estados e somente 13% nos municípios. Nós estamos no século das cidades! A necessidade das pessoas está no município. Então os recursos também têm que estar. Os prefeitos devem ter mais autonomia. Não tem cabimento um prefeito sair da sua cidade, ir para Brasília, para decidir uma reforma de escola, ou calçamento de rua. Eu tenho sensibilidade com a sociedade para sentir a necessidade dessas mudanças e a coragem para fazer o que precisa ser feito.


Encruzilhada

A incerteza que cerca o processo eleitoral em SC chegou de fato em Brasília. A convenção de hoje do MDB terá efeito conclusivo para os ulyssistas locais que, se Geraldo Alckmin se fizer presente, vão pedir aceno na direção de Paulo Bauer.

Tucanato

Nunca os tucanos tiveram tanto valor na bolsa de apostas eleitorais. Geraldo Alckmin já afirmou que não vai interferir no processo e vai manter a palavra. Mas vai acenar para que o leque em favor de sua eleição seja ampliado.

Avaliação

O presidenciável tucano está medindo o tamanho da força necessária, em cada Estado, para agir em favor de sua ida ao Palácio do Planalto. SC está no mapa de avaliação e, se for preciso empenho para ampliar, vai seguir neste sentido.

Respeito

Geraldo Alckmin tem feito leitura do tamanho do partido no país e avalia como grandiosa a altura conquistada no Estado pelas mãos de Marcos Vieira. O presidente do partido teve, de todas as regionais, o melhor desempenho de crescimento.

Efeito

À toa não tem sido as investidas para capturar os minutos sagrados que os tucanos têm na TV e rádio. Geraldo Alckmin precisa vencer o 1º turno para chegar com ar vitorioso no 2º. Neste caso, para isso ocorrer, deve ampliar o palanque. Inclusive SC.

Grandeza

Embora a demonstração hollywoodiana na convenção realizada no último domingo, o presidenciável tucano precisa da sensibilidade do partido para que alcance os índices de convencimento junto ao eleitor. Fazendo assim em SC, tem efeito nacional.

Ele

Jorge Bornhausen é o nome dos interesses de Geraldo Alckmin em SC. O ex-governador do PFL tem apresentado o quadro barriga-verde para o Comando Nacional no sentido de dar luz às movimentações de ampliação em favor do presidenciável.

Costura

A expectativa de entendimento com o PSD passa pela lógica de sensibilizar Gelson Merisio a compor com o ninho em um gesto que, aceitado, atinja Esperidião Amin ao Senado e Paulo Bauer declinando na mesma direção. Braille em japonês.

Longe

O presidente do Progressistas, em meio ao tiroteio de sua posição no partido, está sendo cuidadoso para não dinamitar o que acredita em ter possibilidades de construção com sua sigla e PSD. Já sabe que, se isso ocorrer, é daí para lá.

Dividida

Passando descalço sobre brasas, Silvio Dreveck não tem como manifestar-se contrário a Esperidião. Se o desejo do ex-governador se mantiver, vai colocar sua liderança perante um impasse dentro e fora. Amin desconstruiu o piso do partido.

Traidor

Embora tente sair da pecha que afirma não ter, Esperidião é o pivô útil de Raimundo Colombo. Nunca foi tão necessária sua candidatura ao Governo. Se ele não tivesse agido para fragilizar Gelson Merisio, estava tudo encaminhado. O lageano foi melhor.

Bonder

O famoso aderente é inútil entre o Progressistas e PSD. O anti-cola expresso na pessoa de Colombo, funcionou no ego de Esperidião. Ambos, assumidamente unidos, tem um propósito que, em tese, beneficia apenas Raimundo. Amin é só o caminho.



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