A prefeitura de Xaxim tem vivido sob uma chuva de problemas que, antes e depois do pleito, marcam o final da administração e Idacir Orso. Antes foi o sumiço de um caminhão de pneus que, do nada, desapareceu levando um monte de notas de R$ 100 públicas convertidas em látex.
Agora é a entrada de ladrões que levaram o cofre da prefeitura. Depois são os pneus de um carro dedicado à Família que, sobre tocos de madeira, amanheceu como que do nada.
A situação da prefeitura é a pior possível. O prefeito que sai não dá sequer uma entrevista rompendo sua falta de diálogo que marcou toda a sua gestão. Não é somente a comunicação que ele, Idacir Orso, impossibilitou com as comunidades, mas toda a sociedade que, desde empresários a entidades, não tiveram acesso a absolutamente nada.
Lamentável e melancólico que um governo que teria tudo para acontecer dentro de um reconhecimento estadualizado, chega ao seu final com as pessoas de costas à sua liderança e ignorando completamente sua existência.
Com mais de 3600 votos sobre o segundo colocado, prefeito Tinho Vicenzi, Orso teria, se assim desejasse, apoio para mudar até mesmo o nome da cidade de Xaxim para Vale da Alegria. Tinha tudo, apoio, maioria na Câmara, pessoa oferecendo-se para o diálogo. Ao contrário, fechou-se, dificultou todos os encontros e, quando ocorriam, não escutava a quem tinha a intenção de falar.
Acabou o governo que, embora seria do PMDB, o partido ainda foi excelentemente bem nas urnas e ficou em segundo lugar. Por que? Porque tem uma militância aguerrida e uma tradição impressa na vida das pessoas. O prefeito Orso não percebeu isso e, entrando pela porta da frente, sai pela de trás com um ar de total abandono e derrotismo.
Pela idade que tem e pelo que tem na história municipal, se pudesse voltar no tempo, provavelmente ele mesmo se impediria de disputar o que, agora, vergonhosamente tem de si mesmo.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro