O peixe, dizem os antigos, morre pela boca. A referência feita é para demonstrar que o silêncio, sempre, é uma grande arma para se usar nas movimentações econômicas e políticas. Isto é, quando não se tem o que dizer, ficar quieto, é um excelente momento para demonstrar a seriedade que esta postura demonstra.
Abraham Lincoln, presidente dos EUA, em seu tempo teria disso uma frase que é muito lembrada nos dias atuais. “É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota que, falando, tire a dúvida”. A recomendação mostra bem o momento em que o país se passa.
O presidente da República fala pelos cotovelos, sem controle e sem pensar. Age como se fosse um adolescente, dizendo tudo o que acha que pode impedindo que os demais, como ele, também o faça.
Agora, ao apoiar o autodeclarado presidente da Venezuela, mandou um recado para a palhaçada feita pelo ator global que, fazendo a mesma coisa, declarando-se presidente do Brasil, Jair Bolsonaro disse que é fácil se autoproclamar, difícil é governar. Poderia ter ficado quieto e cuidar das coisas mais importantes. Seu governo, tirando a presença gloriosa do vice Hamilton Mourão, Augusto Heleno e Paulo Guedes, o restante é um teatro de comédias.
Fala apenas bobagens, mostra-se leviano, tolo e inconsequente. Acha que a imprensa é contra ele, mas quando precisa de uma, vai atrás dos meios de comunicação que lhe dão afinidade. A imprensa que lhe interessa são apenas aquelas que aplaudem suas idiotices que, agora revelada ao Brasil em maioria absoluta, vê-se xingado como Dilma e Temer. “Ei, Bolsonaro, VTNC”, virou até uma música de carnaval.
Não é um fato isolado, mas ações que estão acontecendo em apenas dois meses de governo. Ele já se envolveu em vários absurdos que não são modos de um presidente da República. E gosta de ser levado à discussão porque, para ele, a campanha eleitoral não terminou.
Mantém o país dividido, não fala para todas as pessoas, mas ao seu grupo que, aos poucos, vai diminuindo. Já tem empresário, que fez campanha mergulhada para Jair Bolsonaro que, agora, dizem que poderiam ter apostado em um louco menos perigoso como Ciro Gomes.
As bobagens que fica falando nas redes sociais mostra um líder pobre, sem conhecimento, sem estatura e comandado pelos filhos. Quando já se diz que ele é um pateta com Huguinho, Zezinho e Luizinho, personagens da Disney, é porque já ficou rotulado. Jair Bolsonaro se parece muito com a personagem Magda, do “Sai de Baixo”, que está quase chegando ao cinema. Um líder tupiniquim, um falastrão sem papas na língua que, como mesmo lembrou Lincoln, deveria ficar calado e não deixar que o mundo o visse como a gora se conhece.
Brasil não é laboratório para tolos. Trabalhar é melhor que falar bobagens.
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