*Por Deise Defiltro
Com certeza um dos assuntos que mais tem se vivenciado e falado nos últimos anos é a depressão. Os dados apresentados são cada vez mais preocupantes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos dez anos, o número de pessoas com depressão aumentou 18,4% — hoje, isso corresponde a 322 milhões de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra.
Para piorar, os brasileiros estão levando esses índices para o alto. No nosso país, 5,8% dos habitantes sofrem com a desordem, a maior taxa do continente latino-americano. A faixa etária mais afetada varia entre 55 e 74 anos.
O Brasil também é campeão mundial no índice de ansiedade: 9,3% da população manifesta o quadro. Essa disfunção engloba várias outras, como ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, fobias e estresse pós-traumático. Por isso é muito importante falar sobre o assunto e principalmente conhecer os sintomas e estar atento com quem realmente passa por isso e realizar corretamente o tratamento.
Existem alguns subtipos de transtornos depressivos, e em todos eles as características mais comuns são a presença de humor triste, vazio ou irritável e que somados a alterações cognitivas e somáticas afetam significativamente o funcionamento do indivíduo no seu dia a dia e prejudica sua qualidade de vida gravemente lhe causando muitos prejuízos em todas as áreas da sua vida e por consequência, lhe traz sofrimento.
Dentre vários sintomas estão:
✔A falta de energia quase todos os dias;
✔ Alterações significativas no peso e apetite;
✔Insônia ou sono excessivo quase todos os dias;
✔sentimento de culpa excessiva quase todos os dias;
✔Choro, tristeza, sentir-se inútil e indiferente na maior parte do dia, quase todos os dias;
✔Problemas para pensar e tomar decisões;
✔Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
Para que o diagnóstico de depressão seja identificado é preciso que os sinais/sintomas durem pelo menos duas semanas, a partir disso começa-se o tratamento psicoterápico e em casos mais graves (geralmente com risco de morte/suicídio) é preciso acompanhamento farmacológico.
É possível que a ansiedade e a depressão andem juntas, por isso o sofrimento do indivíduo é muito maior. A ansiedade é uma reação normal do ser humano diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa, mas quando esses sentimentos persistem por longos períodos de tempo e passa a interferir nas atividades cotidianas, a ansiedade deixa de ser natural e passa a ser motivo de preocupação. Na ansiedade, os sintomas são bem característicos:
✔Preocupação excessiva ou expectativa apreensiva;
✔Dificuldade de concentração;
✔Fadiga;
✔Irritabilidade;
✔Problemas para adormecer ou permanecer dormindo;
✔Inquietação
✔Tensão muscular;
✔Tremedeira;
✔Dores de cabeça;
✔Problemas de estômago, como náuseas ou diarreia.
O tratamento para ansiedade é associado com medicamentos e psicoterapia, mas é principalmente ajudar o indivíduo a agir normalmente na vida cotidiana, limitando suas preocupações. Lembre-se falar é a melhor solução!
*Psicóloga (CRP 12/16752) e pós-graduanda em Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico.
Rua São João, 72-D, Centro
AV. Plínio Arlindo de Nês, 1105, Sala, 202, Centro