Golpe no golpe, espinhas quebradas
A iniciativa do ex-governador Raimundo Colombo de articular a derrubada de Gelson Merisio do controle do partido, acertando em Brasília uma iniciativa arbitrária de Gilberto Kassab sobre a sigla em SC, o que se esperava era que Colombo fosse premiado pelo desempenho e ser, neste caso, levado à presidência em uma justa demonstração de respeito das bancadas estaduais e federal. Recebendo o mesmo veneno, os deputados decidiram entregar a liderança a Milton Hobus, o simpático deputado estadual. Com a carne ferida nos moldes que igualmente desferiu, o lageano conseguiu o inédito. Pelo desrespeito que produziu, agora vive. Desfiliado, o ex-presidente da Alesc tomou coragem e saiu. Sentiu que era o momento e viu que a agressão indicou a direção da saída para outro rumo.
Agora resta ao morador da Coxilha Rica seguir, sangrando, na mesma direção. Se os próprios deputados não aceitam que presida o que já estava definido, por questão de honra, deve fazer o mesmo. Se foi dele a iniciativa de puxar o tapete, tropeçou junto. Sem mandato, apenas encoberto pelo cargo de palestrante nas viagens pagas pelo partido a nível nacional, negado por seus pares, a melhor direção é a mesma do ex-companheiro. Ou, neste caso, baixar a cabeça. Júlio Garcia, o presidente da Assembleia Legislativa, ligando para dizer da decisão unânime, foi sua dupla dor. Neste cenário, perdeu para ninguém.
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