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Saer/Sara de Chapecó torna-se modelo em resgate aeromédico e operações policiais

Após 4 anos da implantação, helicóptero se tornou fundamental para o Oeste catarinense
Por: LÊ NOTÍCIAS
15/10/2019 15:02 - Atualizado em 15/10/2019 15:30
Axe Schettini/LÊ Equipe do Saer/Sara, embora escalada por plantões, está sempre de prontidão para atender a qualquer chamado policial e de resgate Equipe do Saer/Sara, embora escalada por plantões, está sempre de prontidão para atender a qualquer chamado policial e de resgate

Por Axe Schettini

O relógio marcava 9h03, do sábado (05), quando um grupo de acadêmicos de Direito da Unoesc de Xaxim chegava ao hangar do Serviço Aeropolicial de Fronteira (Saer), no aeroporto Serafim Enoss Bertaso, em Chapecó, para conhecer o cotidiano de uma das equipes mais treinadas e equipadas de Santa Catarina.

O dia estava chuvoso e a neblina pairava levemente pela pista, motivos necessários para que o helicóptero, um Esquilo, modelo AS 350 B2, ficasse inoperante por condições de tempo ruim. Mas independente disso, à espera da melhora climática, lá estava a equipe, de prontidão, que trabalha do nascer ao pôr-do-sol, devido às exigências da aviação noturna, que dificulta voos rasos e pousos em locais não sinalizados.

Eles são acionados através de contato telefônico e online, via WhatsApp ou Telegram, onde a equipe do Saer monitora o que acontece em toda região, juntamente com as demais equipes da Polícia Civil, Militar, Federal, Corpo de Bombeiros e Samu, que estão preparados para qualquer situação.

Acadêmicos de Direito da Unoesc Xaxim em visita ao hangar do Saer/Sara, no aeroporto de Chapecó


Os estudantes de Direito foram recepcionados pelo comandante e piloto Marco Aurélio Severino, que, ao lado dos policiais Jayson Zucco, João Paulo Tozzo e Cleber Fossá, também copiloto da aeronave, leva-os à sala de operações para que fosse reproduzido vídeos históricos e explicativos sobre a corporação criada em Chapecó em 2014, mas que já operava em Florianópolis desde 2004.

Com cinco mil horas de voo na bagagem, após as explicações das operações policiais, o piloto Marco, antes de apresentar o helicóptero aos acadêmicos, chamou a enfermeira Nádia Bender, que estava de plantão na equipe do Serviço de Atendimento e Resgate Aeromédico (Sara), trabalho este que contempla a nomenclatura Saer/Sara, alterada em dezembro de 2015, após uma parceria entre Prefeitura de Chapecó e Governo do Estado.

SERVIÇO AEROMÉDICO

A enfermeira explicou que, ao lado de um médico plantonista, a equipe pode decolar para prestar algum socorro urgente no Oeste de Santa Catarina. Segundo os membros da equipe, este é o trabalho mais gratificante realizado por eles que, além de apoiar operações de combate à criminalidade, salvam inúmeras vidas com resgates em acidentes de trânsito ou transferência de paciente de um hospital para outra unidade médica.

Para a tripulação, a velocidade de resposta é fundamental no salvamento de vidas. “O resgate ocorrido em Saudades, em julho de 2015, quando uma família, que estava na copa de árvores, foi socorrida após aguardarem horas por ajuda, depois que o rio Saudades transbordou e tudo ao redor deles ficou alagado, foi o mais marcante da minha carreira”, contou o piloto Marco Aurélio, que comandava a operação de resgate com manobras minuciosas.

Filmada por policiais civis a bordo do helicóptero, que auxiliaram no resgate, a operação rodou o mundo e foi reproduzida em mais de 100 países, chamando atenção para o trabalho de sucesso da equipe. Foi a partir desta ousadia do Saer que nasceu o Sara, hoje trabalhando juntos com o lema “sua vida, nossa missão”, sob o comando do delegado e coordenador Albert Dieison Silveira, que relata a gratificação diária da tripulação. “Através desta parceria, temos maior efetividade no uso do helicóptero e podemos ter a certeza que estamos fazendo a diferença. Isso é muito gratificante a todos nós”, disse o delegado Albert ao Lê NOTÍCIAS.

Participando com eficácia em dezenas de operações policiais, a tripulação do Saer é extremamente necessária, inclusive com chamadas policiais no Sudoeste do Paraná e no Noroeste do Rio Grande do Sul. “Em crimes de maior gravidade, como assalto a banco ou em comércios e residências, principalmente no interior, onde o transporte terrestre é mais lento, nossa equipe é acionada para localizar veículos e suspeitos”, explica Albert.

Cmte. Marco Aurélio, João Tozzo, Nádia Bender, Jayson Zucco e Cleber Fossá


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