*Por Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira
Muitas reflexões podem ser feitas quanto ao 07 de abril, Dia do Jornalista. Uma delas é de que a cada dia se reafirma a função histórica do jornalista em defesa das liberdades - todas elas e de todos -, o que representa a própria promoção da democracia. Muitos não veem isso, muitos não querem que assim seja. Para que no cotidiano a expressão do papel da imprensa seja livre e responsável, o jornalista precisa, permanentemente, tratar a informação com zelo, com a máxima acuidade ética e elevado caráter.
Certamente que erros são cometidos. Muitas vezes determinados fatos não recebem a melhor cobertura, pela falta de compreensão do que representam. Seguidamente não se questionam as fontes da maneira devida, versões são aceitas sem se pensar na veracidade, sem a minuciosa contextualização. Fatos são espetacularizados, mal-entendidos ficam sem esclarecimento e alguns profissionais, ao opinar, arvoram-se em juízes.
Felizmente, mesmo com imperfeições, hoje muito, muito, do que se fala, se lê, se ouve e se vê - especialmente no campo político e nas investigações de falcatruas -, se deve, claramente, ao exercício pleno do jornalismo, que de forma independente precisa processar as informações e cobrar as autoridades, sejam quais forem, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Até porque, independentemente dos meios utilizados para a veiculação do conteúdo jornalístico, o mais importante continua sendo o profissional e o jornalismo exercido mediante o comprometimento e a percepção da importância social da atividade.
Com acertos e eventuais erros dos jornalistas, sempre será preferível que seja assim do que não ter a imprensa exercendo, liberta, o seu papel, de expressar desejos, mostrar conquistas, questionar, duvidar e registrar tudo para a história, com toda a liberdade e pelo bem e a liberdade de todos.
*Jornalista e professor universitário
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