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Moradora de Xaxim evita ir a Chapecó e faz homeoffice para ficar com filho e mãe de 81 anos

TJSC Sidiane Bedin, assessora de gabinete do 1º Juizado Especial Cível da comarca de Chapecó, em homeoffice após mudança drástica na rotina mundial Sidiane Bedin, assessora de gabinete do 1º Juizado Especial Cível da comarca de Chapecó, em homeoffice após mudança drástica na rotina mundial

A servidora Sidiane Bedin, assessora de gabinete do 1º Juizado Especial Cível da comarca de Chapecó, vive com o filho, de 13 anos, na cidade de Xaxim, distante 28 quilômetros do Fórum, onde também mora a mãe dela, com 81 anos de idade. Arthur vai para a escola na parte da manhã. O almoço é sempre na casa da avó. À tarde frequenta treinos de futebol e aulas de inglês, além de catequese e pilates, mas sempre dá tempo de visitar dona Leontina.

A pandemia de coronavírus forçou a alteração de toda essa rotina e, não fosse a possibilidade aberta pela administração do Judiciário em permitir a realização do teletrabalho, tudo poderia ser pior. Sidiane iniciou o trabalho em sistema homeoffice ainda na segunda-feira (16), por sugestão do próprio juiz André Alexandre Happke, titular da unidade, e que conhece a situação da servidora.

Agora, Sidiane consegue conciliar a atividade laboral com a necessidade de dar atenção integral ao filho que, com aulas e demais afazeres suspensos, precisa ficar em casa - seria uma ótima companhia para a avó, não fosse ela integrante do chamado grupo de risco, com maior suscetibilidade para a contaminação pelo coronavírus.

"Sem trânsito e sem precisar me arrumar para sair, ganho duas horas e meia. Dessa forma, consigo render mais do que no gabinete. Além disso, consigo dar atenção ao meu filho. Trabalho com mais tranquilidade, conforto e economia", relata a assessora de gabinete.

Auxílio da tecnologia

Nesta quarta-feira (18) toda a equipe do fórum iniciou o trabalho em casa, em cumprimento à determinação do Governo do Estado de isolamento comunitário para inibir a disseminação do vírus. Sidiane e os colegas, inclusive o magistrado, trabalham em constante comunicação através de grupo do aplicativo WhatsApp.

Outra facilidade são planilhas compartilhadas no sistema de computador Google Drive. Cada servidor verifica ali quais sentenças, por exemplo, estão pendentes e inicia a redação. O juiz também tem acesso e acompanha o sistema. Dessa forma, todos os prazos são cumpridos, inclusive maior é a celeridade no andamento das ações. Além disso, o sistema eproc permite acesso, com senha, de qualquer computador. Fora do fórum, os servidores têm acesso remoto ao sistema e-Saj, o que permite trabalho normal de casa.

"O teletrabalho e o acesso remoto do trabalho são uma cultura que está em desenvolvimento no Judiciário catarinense faz alguns anos. Agora, por necessidade, vai se ampliar. Mas é possível crer que o impacto nos serviços será infinitamente menor do que seria alguns anos atrás quando os processos, em maioria, não eram digitais e acessíveis de qualquer lugar", comenta o juiz Happke.

A partir desta quarta-feira, ficará apenas um servidor ou colaborador no fórum da comarca de Chapecó para prestar informações a quem, porventura, se dirigir ao prédio presencialmente. Todas as audiências, julgamentos e demais atendimentos presenciais estão suspensos até o dia 31 de março. Após, será feita nova análise da situação do coronavírus (Covid-19).


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