Verso, prosa e reencontro. Assim é possível definir o clima do evento realizado no último dia 22, no Salão de Atos da Unochapecó. A data foi marcada pelo evento oficial de lançamento da Feira do Livro 2023, que volta a acontecer presencialmente após a pandemia do coronavírus. Realizado pela Unochapecó, em parceria com a Fundação Cultural de Chapecó e a NSC TV, o lançamento reuniu mais de 400 pessoas e contou com apresentações culturais de música e teatro.
Quem marcou presença na plateia do Salão de Atos foi a torcida fervorosa dos participantes do Concurso Literário e de Redação. No decorrer de dois meses, os dois concursos movimentaram mais de 30 mil pessoas, gerando, nas escolas e na sociedade,uma conscientização sobre o poder transformador da leitura e a importância do livro e da leitura para o desenvolvimento integral das pessoas, além de uma qualificação de professores e estudantes sobre o modelo de redação dissertativo-argumentativo. Ao menos 347 turmas de 61 escolas escreveram mais de 8 mil redações, sendo 347 selecionadas pelos professores, ainda nas escolas e submetidas na plataforma de inscrição online da Feira do Livro.
A Feira chega à sua quinta iteração, buscando avançar sobre as bases firmadas nos anos anteriores, cuja recepção mostrou o interesse do Oeste catarinense no hábito de leitura. A última edição realizada em Chapecó foi em 2019. Já em 2021, a Feira do Livro aconteceu de forma remota. A retomada do evento na forma presencial já movimenta as instituições de ensino locais - durante todo o ano, foram realizadas iniciativas para reacender o convite, como oficinas sobre técnicas de contação de histórias. Manter essa chama acesa é uma das missões destacadas pelo coordenador do evento, o professor Odilon Luiz Poli.
“A Feira do Livro é um programa permanente de incentivo à leitura nas escolas, que tem o evento da feira do livro que acontece a cada ano ou a cada dois anos, mas o tempo todo as atividades continuam. Elas integram esse esforço para a gente manter vivo nas escolas e na região esse aspecto do incentivo à leitura, do estímulo dos estudantes para que eles leiam, e comuniquem melhor, para que eles cultivem a sua comunicação e que os professores consigam estimular a formação do hábito de leitura”, explica Poli.
Na abertura do evento, a pró-reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação da Universidade, professora Andrea de Almeida Leite Marocco, salientou que o papel da leitura é vital para construção de ambientes melhores e na formação de uma sociedade melhor, também. Ela destaca que o movimento de incentivo à leitura, à interpretação e à escrita é capaz de mudar a realidade do país.
“Pensando sobre a importância desse evento, desta feira, não pude deixar de me lembrar, de um texto que eu li a algum tempo e ele falava do poder dos livros, do tempo em que os livros eram queimados, de fato, os livros, são armas poderosas, pois eles abrem mentes, dão asas à imaginação, trazem liberdade, renovação, transformação, nós precisamos cada dia mais, alimentar a arte da leitura, precisamos despertar o prazer de viajar nas páginas dos livros e desvendar muitos mistérios, advindo da complexidade dos tempos modernos e para além ler, precisamos escrever e interpretar, sem nos omitir dos índices do analfaberismo funcional registrados no Brasil. Hoje, nós demonstramos que podemos mudar essa história e isso é incrível, é poderoso”, finalizou a docente.
Agora as atenções da comissão organizadora se voltam para 2023. A próxima edição da Feira do Livro promete expandir ainda mais as atrações presentes no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, com a promessa de interações culturais multilinguagem e mais ações que irão movimentar os leitores e escritores do Oeste catarinense em um show de verso, prosa e reencontro.
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